O Fórum Econômico Mundial realizou nesta terça (7), por videoconferência, um painel mundial sobre jornalismo e a pandemia de coronavírus.
O presidente executivo da organização, Klaus Schwab, abriu a discussão. "Uma das lições que é preciso aprender é que todos estamos juntos nisso", disse. "Estarmos juntos significa também, na hora de decidir, guiar-se não por fake news, mas pela melhor informação que podemos ter."
Os painéis do fórum, que pretendem ser semanais, visam "disseminar a melhor informação, permitir a troca de práticas e também para criar uma plataforma em que as empresas possam pedir ajuda".
Na discussão desta terça (7), a jornalista japonesa Sayuri Daimon, do Japan Times, jornal em língua inglesa de Tóquio, contou como, duas horas antes de sua fala, o primeiro-ministro Shinzo Abe declarou estado de emergência por um mês em seu país.
A questão central no painel foi como os governos estão reagindo à pandemia, com relatos da Suécia à Argentina. Martin Kanenguiser, do site Infobae, de Buenos Aires, disse que o governo do presidente Alberto Fernández tomou medidas rapidamente, mas que agora enfrenta grande pressão contra o isolamento.
"Empresários e economistas acreditam que temos que voltar rapidamente à normalidade, porque a economia vai sofrer mais do que no resto da região", disse. "Tivemos uma recessão nos últimos dois anos, inflação alta."
O painel contou com os jornalistas brasileiros Merval Pereira, de O Globo, e Guido Orgis, da Gazeta do Povo. O primeirro relatou que o país enfrenta "situação estranha", em que o presidente "vai às ruas, estimulando o retorno à vida normal", mas 65% apoiam o isolamento.
Para Orgis, "felizmente, as pessoas estão procurando notícias de qualidade, provenientes de fontes checadas" e o papel do jornalismo está crescendo na crise, "ainda que o governo esteja indo contra a maré".
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