Gestores de recursos estão à caça de algo em torno de US$ 300 bilhões para fundos de crédito privado de firmas como os americanos Goldman Sachs e Oaktree, especializado em investimentos alternativos, conforme reportagem publicada na versão digital do britânico Financial Times desta quinta-feira (22). O movimento visa a atrair recursos para além dos "frágeis" mercados de dívida pública e de ações, que aumentaram de preço após a injeção de trilhões de dólares feita por bancos centrais e governos para combater o choque pandêmico.
Como ímã para atrair os investidores, de acordo com o jornal britânico, os gestores argumentam que o crédito privado é uma área ainda que não se saturou. Além disso, foi beneficiada com o aprimoramento regulatório no pós-crise, que fez com que os bancos adotassem uma postura mais cautelosa quanto a empréstimos para clientes de maior risco.
A oferta por parte dos gestores de ativos equivalia a um total de 520 fundos de crédito privado em outubro contra 436 no início do ano e pouco menos de 400 em janeiro de 2019, conforme levantamento feito pela empresa de análise de dados Preqin e o Financial Times.
Não só o número cresceu bem como o tamanho médio dos fundos de investimento. De acordo com a reportagem do jornal britânico, a meta combinada de arrecadação soma US$ 292 bilhões, acima dos US$ 192 bilhões vislumbrados em janeiro deste ano.
Dentre os fundos abertos, o Goldman Sachs busca US$ 14 bilhões para seu veículo, o West Street Strategic Solutions Fund I, acima da meta inicial, que era de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões. Oaktree, fundado pelo renomado gestor americano Howard Marks, está levantando um fundo de US$ 15 bilhões para investir em crédito corporativo com dificuldades, especialidade da casa.
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