Fraudadores têm procurado pessoas endividadas para aplicar golpes, segundo a Serasa. A empresa de score de crédito identificou 3.000 boletos e chaves Pix inautênticos entre mais de 10 mil consultas ao seu validador de pagamentos, ferramenta lançada em novembro que permite verificar se o boleto é verdadeiro.
Essa é apenas uma amostra das tentativas de fraude, já que nem todos os clientes verificam a procedência do boleto. Os estelionatários também podem usar Pix Copia e Cola e QR Code para intermediar a transação fraudulenta.
Segundo a coordenadora de soluções da Serasa, Franciele Tiburcio, os golpistas se passam por representantes de empresas que renegociam dívidas nas redes sociais para oferecer propostas que seriam melhores do que as do mercado. "Prometem retirar a negativação na hora e aumentar o score de crédito em 24 horas."
A Serasa afirma que só se comunica com clientes por seus canais oficiais: email, telefone e WhatsApp, verificado por selo azul. "Desconfie de links desconhecidos", recomenda a empresa em material de divulgação.
Quem quer renegociar dívidas pode procurar o Feirão Limpa Nome, da Serasa, que oferece propostas com descontos até 31 de março. O atendimento presencial na capital paulista vai até este sábado (11), mas as renegociações continuam pelo site.
Em outubro do ano passado, um usuário do Twitter denunciou que sua mãe havia caído no golpe do boleto falso.
Como o cliente faz a transação de forma intencional, as instituições financeiras ficam livres da responsabilidade de ressarcimento.
Esse dinheiro ainda é distribuído entre diferentes contas por meio de várias transferências, de acordo com a gerente de fraudes da Serasa Patrícia Camilo. "O Pix democratizou o acesso aos serviços bancários, mas também abriu oportunidades para essas fraudes."
A Serasa nunca inicia conversas por meio de redes sociais. Os funcionários da empresa só conversam quando são procurados em seus canais oficiais de atendimento ou com pessoas registradas -também via contas próprias da empresa.
A empresa também disponibiliza um verificador de meio de pagamentos na plataforma Limpa Nome, disponível na internet, no Google Play e na App Store.
Após fazer login com CPF e senha, o usuário deve selecionar a aba Soluções. Depois, selecione a opção Validar Meio de Pagamento na seção Pagamentos.
Por fim, é preciso acrescentar o código do Pix ou do código de barras no campo indicado.
Caso o boleto não seja da Serasa, verifique se no campo beneficiário consta uma instituição financeira autorizada a renegociar dívidas.
As tentativas de fraudes podem ser registradas em boletins de ocorrência em delegacias online da Polícia Civil.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta