O governo argentino apresentou nesta segunda-feira (6) sua quarta -e considerada última- proposta de acordo de renegociação da dívida sob lei estrangeira.
Nela, há um compromisso de pagar US$ 15 bilhões a mais do que na proposta anterior. A Argentina passa a aceitar o prazo de um ano de "perdão" (na proposta original, pedia-se três anos) e a oferecer US$ 0,53 centavos por dólar (na original, eram US$ 0,44).
O país deve US$ 65 bilhões a diferentes fundos de credores. No último dia 22 de maio, venceu o prazo para pagar vencimentos de juros no valor de US$ 503 milhões.
Como a Argentina não realizou o pagamento, o governo considera estar numa "moratória técnica".
Na visão do ministro da economia, Martín Guzmán, não é um calote, uma vez que, por enquanto, nenhum fundo resolveu ir aos tribunais em Nova York para cobrar a dívida.
O pagamentos começariam em 2021, por meio de um cupom de 0,125%, que iria aumentando com o tempo. A Argentina quis oferecer um bônus vinculado às exportações agropecuárias, mas não houve boa acolhida a essa ideia, e ela foi retirada da proposta.
Agora, o prazo para a adesão ou recusa dos credores é o dia 4 de agosto. A proposta foi publicada na edição desta segunda-feira (6) do Diário Oficial.
Inicialmente, a proposta foi bem recebida pelo mercado, e as ações argentinas em Wall Street subiram, na parte da manhã, 20%.
Por outro lado, o governo teve de ceder quanto ao valor que considerava ser o de uma "dívida sustentável", ou seja, abaixo dos 0,50 centavos por dólar.
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