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Governo argentino melhora oferta para renegociar dívida

Governo argentino melhora oferta para renegociar dívida

O país deve US$ 65 bilhões a diferentes fundos de credores e passa a aceitar o prazo de um ano de "perdão"  e a oferecer US$ 0,53 centavos por dólar

Publicado em 6 de julho de 2020 às 15:19

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O governo argentino apresentou nesta segunda-feira (6) sua quarta -e considerada última- proposta de acordo de renegociação da dívida sob lei estrangeira.

Alberto Fernández, presidente da Argentina
Alberto Fernández, presidente da Argentina. (Presidência da Nação Argentina)

Nela, há um compromisso de pagar US$ 15 bilhões a mais do que na proposta anterior. A Argentina passa a aceitar o prazo de um ano de "perdão" (na proposta original, pedia-se três anos) e a oferecer US$ 0,53 centavos por dólar (na original, eram US$ 0,44).

O país deve US$ 65 bilhões a diferentes fundos de credores. No último dia 22 de maio, venceu o prazo para pagar vencimentos de juros no valor de US$ 503 milhões.

Como a Argentina não realizou o pagamento, o governo considera estar numa "moratória técnica".

Na visão do ministro da economia, Martín Guzmán, não é um calote, uma vez que, por enquanto, nenhum fundo resolveu ir aos tribunais em Nova York para cobrar a dívida.

O pagamentos começariam em 2021, por meio de um cupom de 0,125%, que iria aumentando com o tempo. A Argentina quis oferecer um bônus vinculado às exportações agropecuárias, mas não houve boa acolhida a essa ideia, e ela foi retirada da proposta.

Agora, o prazo para a adesão ou recusa dos credores é o dia 4 de agosto. A proposta foi publicada na edição desta segunda-feira (6) do Diário Oficial.

Inicialmente, a proposta foi bem recebida pelo mercado, e as ações argentinas em Wall Street subiram, na parte da manhã, 20%.

Por outro lado, o governo teve de ceder quanto ao valor que considerava ser o de uma "dívida sustentável", ou seja, abaixo dos 0,50 centavos por dólar.

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