O governo de São Paulo criou uma força-tarefa para tratar dos impactos do fechamento da fábrica da Ford em Taubaté, município na região do Vale do Paraíba, em São Paulo.
A secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, Patricia Ellen, disse ao jornal Folha de S.Paulo que se reunirá na terça (12) com o prefeito de Taubaté, João Saud (MDB), para definir um plano de mitigação dos efeitos do fechamento da fábrica para a cidade.
A força-tarefa, segundo ela, incluirá ainda a Secretaria de Desenvolvimento Regional, o Investe SP (agência de fomento do governo do estado), centrais sindicais e associações representativas.
"O prefeito virá pessoalmente para criarmos um plano de mitigação do impacto para os trabalho", diz Ellen. "Essa força-tarefa deverá ter ações tipicamente de recolocação de trabalhadores, como cursos de qualificação."
A fábrica da Ford em Taubaté tem cerca de 830 funcionários que produzem motores e transmissões. A unidade ainda não será imediatamente desativada. Segundo o comunicado da montadora, isso ocorrerá ao longo deste ano.
Uma nova utilização para as instalações da planta fabril será a outra frente da força-tarefa do governo do São Paulo.
Patricia Ellen diz que, junto da Investe SP, a gestão estadual quer articular uma "destinação que permita o impulsionamento econômico da região."
A notícia de que a Ford fecharia todas as fábricas no Brasil chegou ao governo de São Paulo por meio de uma conferência telefônica com o presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters.
"Nós lamentamos, obviamente, mas [a decisão] vem de uma série de notícias da reestruturação global que a Ford está fazendo", afirma.
Ellen destacou que a montadora ainda manterá cerca de 1.400 funcionários no Brasil, metade dos quais em São Paulo. Em Tatuí, a empresa manterá o campo de provas. A unidade administrativa, que funcionava em São Bernardo do Campo, foi transferida para a capital depois do fechamento da fábrica do ABC paulista.
Mais cedo, o governador João Doria (PSDB) disse, por meio do Twitter, lamentar a decisão da Ford.
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