O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (4) que o governo pode conceder uma nova rodada do auxílio emergencial para 32 milhões de brasileiros. A ideia é que o novo benefício seja mais "focalizado", mas ainda não há a definição de valores ou tempo de duração.
De acordo com o ministro, é possível que um novo pagamento da assistência atenda a metade do público original do auxílio. Desse modo, o número de beneficiados cairia de 64 milhões para aproximadamente 32 milhões.
Guedes, no entanto, destacou que o eventual pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial depende da criação de um novo marco fiscal que trave outros gastos do governo, além de acionamento de um novo estado de calamidade pública.
"Os invisíveis, esses nós estamos focalizando a ajuda. É possível, temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal, robusto o suficiente para enfrentar eventuais desequilíbrios", disse.
Guedes afirmou que o governo está preparado para agir se a pandemia piorar, mas não deu parâmetros sobre essa piora.
A ideia da equipe econômica é incluir uma cláusula de calamidade pública dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que traz gatilhos de ajuste fiscal em momentos de aperto financeiro.
"Você aperta o botão da calamidade pública e podemos atender algumas coisas, travando outras. [É importante] manter a estabilidade fiscal porque se não vamos prejudicar mais ainda a população com inflação voltando, juros altos, crises", disse.
O ministro afirmou que grande parte das pessoas que receberam auxílio em 2020 retornou para outros programas sociais, como o Bolsa Família. Por isso, não seria necessário pagar a assistência emergencial novamente a todos.
O ministro deu as declarações após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que cobrou ações do governo na área social.
"A pandemia continua e eu vim ao ministro Paulo Guedes externar a preocupação do Congresso com a assistência social, um socorro que seja urgente para ajudar as camadas mais vulneráveis da população", disse.
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