O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (12) que o governo estuda mandar um projeto de lei para o Congresso na próxima semana zerando o PIS/Cofins para a gasolina.
Na noite de sexta-feira (11), ele sancionou proposta que zerava o tributo e o ICMS para gás de cozinha e diesel até o final de 2022, ano eleitoral. Questionado se a medida seria suficiente para a alta dos combustíveis, ocasionada pela guerra na Ucrânia, Bolsonaro disse que não.
"Estava previsto fazer algo semelhante com a gasolina, o Senado resolveu mudar na última hora, caso contrário nós teríamos um desconto também na gasolina, que está bastante alta. Estudo a possibilidade de projeto de lei complementar, com pedido de urgência, estudo, né, para gente fazer a mesma coisa com a gasolina", disse o presidente.
Bolsonaro disse ainda haver a possibilidade de mandar na próxima semana a proposta. Segundo contou, conversou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para saber o quanto a alta na gasolina influencia na inflação.
As declarações foram feitas a jornalistas em frente à sede do seu partido, PL, onde participou da filiação de deputados federais bolsonaristas.
O chefe do Executivo relatou sua insatisfação com o mega-aumento no preço dos combustíveis feito pela Petrobras nesta semana.
Questionado se o presidente da estatal, general Silva e Luna, poderia ser trocado, disse: "Todo mundo tem possibilidade de ser trocado, exceto o vice-presidente e o presidente da República".
Depois emendou: "Ninguém falou em trocar [o comando da Petrobras]. Você [jornalista] falou se ele pode ser trocado. Qualquer um pode ser trocado no meu governo menos eu, logicamente, e o vice-presidente."
Bolsonaro disse ainda que dá palpites e faz sugestões diretamente a Silva e Luna, mas negou que seja interferência. "São sugestões apenas".
Para ele, a Petrobras tem "lucro absurdo", num momento "atípico" no mundo. O presidente voltou a se queixar da política de preços da companhia, que disse não entender.
Nesta semana, ele havia indicado mudança no cálculo, chamado de PPI. Hoje, ele descartou fazê-la por "canetada".
"A política de preço você pode estudar isso daí. Lá atrás fizeram, no começo do governo Temer, a PPI, paridade com o preço internacional. É coisa que ninguém entende, né?".
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