O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que o órgão vai revogar a nova fiscalização do Pix diante da distorção de informação por causa do ato que aconteceu nos últimos dias. De acordo com ele, a Receita vai investigar e responsabilizar as pessoas, junto com a AGU e a Polícia Federal, que disseminaram fake news e fizeram o uso do nome e do símbolo do órgão para dar golpe.
A declaração aconteceu nesta quarta-feira (15), no Palácio do Planalto após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela ocorreu ao lado do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo Barreirinhas, nos últimos dias, as pessoas distorceram e manipularam o ato normativo da Receita, o que prejudicou milhões de pessoas e gerou pânico na população.
De acordo com ele, isso desacreditou o instrumento de pagamento. "Por conta dessa continuidade do dano, da manipulação desse ato da Receita, eu decidi revogar esse ato", afirmou.
Uma instrução normativa da Receita que entrou em vigor no dia 1º de janeiro obrigava instituições financeiras a informar movimentações, incluindo via Pix, acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e de R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
Sob a nova regulamentação, todas as movimentações de pagamentos instantâneos e de cartões de crédito que ultrapassassem os valores estipulados em um mês seriam reportadas à Receita Federal, permitindo um controle e fiscalização mais efetivos dessas transações e coibindo sonegação.
Haddad anunciou que o governo vai publicar uma Medida Provisória (MP) para reforçar a gratuidade e sigilo do Pix, como reação à onda de fakes news de que o meio de pagamento seria taxado. Segundo o ministro, o presidente Lula está para assinar o texto da MP, que foi fechado nesta tarde.
“A medida provisória reforça os princípios tanto da não oneração, da gratuidade do uso do Pix, quanto de todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do Pix, que foram dois objetos de exploração por parte dessas pessoas que estão, na nossa opinião, cometendo um crime – porque, quando você desacredita um instrumento público, você está cometendo um crime”, declarou o ministro no Palácio do Planalto.
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