O fundador da XP, Guilherme Benchimol, só ficará na presidência da companhia até 12 de maio. Em seu lugar, entra Thiago Maffra, atual diretor-executivo de tecnologia da XP. Benchimol passará a exercer a função de presidente-executivo do conselho de administração da XP.
Em nota, a XP afirmou que a nova posição de Benchimol servirá para que o empresário possa focar toda a sua atenção no crescimento, desenvolvimento e expansão de longo prazo da companhia.
Thiago Maffra ingressou na XP em 2015 e liderou a transformação digital da empresa nos últimos três anos. O executivo iniciou a sua carreira na mesa de operações e passou a focar sua atuação no setor de tecnologia após seu MBA pela Columbia Business School, nos Estados Unidos.
Em carta aberta, Benchimol afirmou que, como fundador e sócio majoritário da XP, tomou a decisão de dedicar a maior parte de seu tempo e energia ao crescimento estratégico da companhia e às principais iniciativas de inovação, expansão, parcerias e aquisições da empresa.
"Estamos ainda no início da nossa trajetória e assim como um organismo vivo, é importante nos mantermos em constante evolução. Afinal, as habilidades e prioridades que nos trouxeram até aqui, podem não ser as mesmas que nos levarão para o futuro que queremos construir", afirmou.
Ainda segundo Benchimol, Maffra foi escolhido com unanimidade pela diretoria da XP. "Tenho certeza que ele é [...] a pessoa certa para conduzir a empresa para outro nível de escala e impacto no mercado financeiro brasileiro", disse o fundador da XP.
Maffra foi o responsável por liderar a transformação digital que a XP vem fazendo ao longo dos últimos anos e seu objetivo agora, como presidente da companhia, será o de acelerar este processo.
No quarta-feira (10) a XP anunciou o lançamento do seu cartão de crédito. Inicialmente, o produto será voltado para clientes com investimentos iguais ou superiores a R$ 50 mil, oferecerá juros inferiores à da média do mercado, não terá anuidade e contará com Investback.
O Investback, segundo a XP, tem um formato parecido com os modelos de pontuação e cashback mas, em vez de devolver pontos ou dinheiro para o consumidor, a parcela é diretamente investida em um fundo de investimentos que tem retorno de 99,5% do CDI (certificado de depósito interbancário, referência de retorno para investimentos).
Segundo a XP, todas as compras feitas com o cartão terão um Investback de 1% do valor transacionado. Caso as compras sejam feitas nas 25 lojas parcerias por meio do marketplace da companhia, o Investback tem um valor adicional entre 2% e 10% da transação.
A média de juros cobrados pelo rotativo de cartão da XP será de 5,9% ao mês a média do mercado, segundo os últimos dados do Banco Central, ficou em 12,9% ao mês. No parcelado do cartão, os juros cobrados pela XP serão de 3,9% ao mês contra 8,3% ao mês do sistema financeiro.
O anúncio marcou a entrada da XP no mercado de cartões. Para este ano, ainda são previstos os lançamentos da conta digital, da função débito e outras funcionalidades.
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