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Haddad diz esperar votação da reforma tributária no Senado até outubro

Haddad diz esperar votação da reforma tributária no Senado até outubro

Ministro da Fazenda prevê que texto passe pela Câmara dos Deputados entre junho e julho

Publicado em 13 de março de 2023 às 16:09

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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha com a perspectiva de votar a reforma tributária no Senado entre setembro e outubro, depois de passar pela Câmara dos Deputados entre junho e julho.

A declaração foi feita uma semana depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmar a empresários que o governo ainda não tem base no Congresso para aprovar reformas econômicas.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discute sobre reforma tributária e os desafios econômicos do Brasil no evento, E Agora Brasil?
Fernando Haddad discutiu sobre reforma tributária e os desafios econômicos do Brasil em evento. (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Segundo Haddad, a reforma desenhada pelo governo será importante para a sustentabilidade fiscal do país e trará um grande choque de eficiência para a economia brasileira.

"O choque de eficiência que ela vai dar na economia brasileira não é possível estimar nesse momento de tão grande que será. Fala-se entre 10% e 20% de choque do PIB [Produto Interno Bruto], mas vamos facilitar muito a vida dos investidores, dos trabalhadores e do poder público com essa perspectiva", afirmou o ministro em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico sobre a reforma tributária e os desafios econômicos do Brasil.

O ministro afirmou também que os prazos serão calibrados para uma "transição suave". A cobrança dos novos tributos sobre o consumo previstos na reforma em discussão no Congresso só deve começar em 2025 no âmbito federal e em 2027 para estados e municípios, conforme avaliação do economista Bernard Appy.

O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda é quem coordena as discussões sobre o assunto na pasta. Appy é um dos criadores de uma das PECs (proposta de emenda à Constituição) em discussão no Congresso Nacional.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Appy afirmou que a unificação de tributos sobre o consumo é o pilar da reforma. A alíquota, no entanto, é a grande dúvida nas discussões e vai depender de forma direta das exceções setoriais a serem negociadas no Congresso.

O texto final deve ser construído a partir de duas PECs: a 45, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que substitui cinco tributos atuais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS); e a 110, do Senado e que propõe fusão de impostos — uma das principais diferenças em relação à 45 é que a simplificação resulta em dois tributos.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do grupo de trabalho na Câmara que discute a reforma tributária, quer que a PEC seja votada pelo plenário já em maio, logo após a entrega do relatório final pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

De acordo com o cronograma, o parecer deve ser entregue em 16 de maio, quando está prevista a conclusão dos trabalhos do colegiado.

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