O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira (3), que o patamar do real frente ao dólar vai se "acomodar" por todas as ações que o governo está "fazendo e entregando", evitando ainda fazer qualquer análise sobre a necessidade ou não de intervenção do Banco Central sobre o câmbio. "A diretoria tem autonomia para atuar quando entender conveniente, não existe outra orientação", respondeu o ministro ao ser questionado pela imprensa sobre se a autoridade monetária deveria ou não atuar frente a escalada do dólar.
"Minha análise é que o câmbio vai acomodar, por tudo o que estamos fazendo e entregando", disse ainda o ministro.
Questionado se a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que a responsabilidade fiscal seria o resultado de reuniões que o petista teve com economistas no fim de semana, o ministro respondeu que o compromisso fiscal de Lula é um "compromisso de vida do presidente, ele está no décimo ano de governo", declarou Haddad, logo depois da cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, no fim de semana, Lula conversou em São Paulo com Haddad e economistas de dentro e de fora do governo para tentar entender o que leva a um ganho tão expressivo do dólar em relação ao real. Foi avisado de que, mais cedo ou mais tarde, essa elevação chegaria à inflação, segundo apurou a reportagem.
Haddad ainda foi perguntado sobre as medidas de revisão de gastos pelo governo e o que seria apresentado a Lula, mas disse apenas que as propostas serão divulgadas somente após as conversas com o presidente.
O ministro também foi indagado sobre uma notícia de que o governo estaria discutindo uma mudança no mandato de presidente do Banco Central, o que Haddad disse desconhecer. "Não vi discussão sobre isso", respondeu.
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