Todas as cinco atividades de serviços registraram crescimento na passagem de outubro para novembro de 2020, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global, o volume de serviços prestados subiu 2,6% em novembro ante outubro. Os destaques foram os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), serviços prestados às famílias (8,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (2,5%).
Os transportes cresceram pelo sétimo mês consecutivo, acumulando um ganho de 26,7% entre maio e novembro, mas ainda precisam avançar 5,4% para voltar ao nível de fevereiro, no pré-pandemia. Os transportes operam 5,1% abaixo do nível de fevereiro.
Os serviços prestados às famílias acumularam um avanço de 98,8% nos últimos sete meses, mas ainda precisam crescer 34,2% para retornar ao pré-pandemia. O setor opera 25,5% abaixo do nível de fevereiro.
Os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram um ganho de 9,5% de junho a novembro, após terem recuado 16,8% entre fevereiro e maio. O segmento ainda está 8,7% aquém do visto antes da pandemia de covid-19, precisando crescer mais 9,5% para zerar as perdas da crise sanitária.
Os serviços de informação e comunicação subiram 0,5% em novembro ante outubro, estando 2,6% acima do patamar anterior à crise do novo coronavírus. Os outros serviços também avançaram 0,5% em novembro ante outubro, operando 1,6% além do nível de fevereiro. Segundo o IBGE, os dois setores estão impulsionados pelos bons desempenhos dos segmentos de tecnologia da informação e dos serviços financeiros auxiliares.
O agregado especial de Atividades Turísticas cresceu 7,6% em novembro ante outubro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. O resultado representa a sétima taxa positiva seguida, período em que acumulou um ganho de 120,8%. No entanto, o turismo ainda precisa avançar 42,8% para retornar ao patamar de fevereiro, no pré-pandemia.
Segundo o IBGE, as medidas adotadas contra a disseminação da pandemia de covid-19 atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das atividades turísticas, principalmente o transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.
Na passagem de outubro para novembro, houve melhora no setor em nove das 12 unidades da federação pesquisadas, com destaque para São Paulo (11,0%), seguido por Rio de Janeiro (5,4%), Bahia (11,8%), Pernambuco (11,8%) e Goiás (9,9%). Em sentido oposto, Santa Catarina (-7,1%) e Minas Gerais (-3,2%) registraram as quedas mais importantes.
Em relação a novembro de 2019, o volume de atividades turísticas no Brasil caiu 29,6%, nona taxa negativa seguida, puxada pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo, restaurantes, hotéis, serviços de bufê, transporte rodoviário coletivo de passageiros, agências de viagens e locação de automóveis.
Todas as 12 unidades da federação investigadas mostraram recuo nos serviços de turismo nessa comparação, sendo os principais deles em São Paulo (-35,4%), Rio de Janeiro (-24,0%), Minas Gerais (-30,5%), Rio Grande do Sul (-37,7%) e Distrito Federal (-40,8%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas caiu 37,4% em relação a igual período de 2019.
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