O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 3,0 pontos na passagem de abril para maio, para 42,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (9). O avanço sucedeu uma perda de 52,6 pontos acumulada entre fevereiro e abril. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 16,4 pontos.
"Após atingir o menor nível desde 2008 em abril, o IAEmp registrou, em maio, variação positiva. Contudo, o resultado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série. A elevada incerteza ainda não permite imaginar cenários de recuperação do mercado de trabalho no curto prazo, o que deve fazer com que o indicador continue registrando números baixos nos próximos meses", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 1,2 ponto em maio ante abril, para 99,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, houve aumento de 2,5 pontos no ICD.
"O ICD mantém, em maio, a tendência de piora no mercado de trabalho iniciada nos últimos meses. O resultado sugere que a taxa de desemprego deve sofrer impacto negativo já no 2º trimestre e ainda sem indicações de reversão dessa tendência no curto/médio prazo", completou Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto menor o patamar, menos satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
No IAEmp, cinco dos sete componentes tiveram alta em junho. O item que mede o Emprego Previsto no setor de Serviços (+5,6 pontos) e o de Tendência dos Negócios da Indústria (+5,5 pontos) foram os que mais subiram no mês.
No ICD, a alta em junho foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para a média global foi das famílias com renda mais baixa, de até R$ 2.100 mensais (+2,0 pontos) e da faixa de renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00, (+1,4 ponto).
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