FOLHAPRESS - A indústria cresceu em 11 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em agosto de 2019, divulgou o instituto nesta segunda-feira (8). A alta nacional foi de 0,8% do sétimo para o oitavo mês do ano.
O Amazonas foi o que registrou o maior avanço, 7,8%, seguido por Pará (6,8%) e São Paulo (2,6%). Ceará (2,4%), Pernambuco (2,1%), Rio de Janeiro (1,3%), Mato Grosso (1,1%) e Minas Gerais (1,0%) foram outros estados que cresceram acima da média nacional.
No caso do Pará, o local marcou o quarto resultado positivo seguido, com expansão de 83,2% no período.
"A retomada da produção em algumas unidades do setor extrativo, antes paralisadas pelos efeitos do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (MG), explica o comportamento positivo da indústria paraense nos últimos meses", disse o IBGE.
As unidades produtoras de minério paraenses precisaram paralisar a produção para realizar medidas de segurança e de proteção ao meio ambiente após a tragédia em Brumadinho, que teve um saldo de 249 mortos e 21 desaparecidos, e é considerada o maior desastre ambiental brasileiro.
Paraná (0,3%), região Nordeste (0,2%) e Goiás (0,2%) também tiveram índices positivos em agosto, mesmo que abaixo da média nacional.
Já Rio Grande do Sul (-3,4%), Santa Catarina (-1,4%), Espírito Santo (-1,4%) e Bahia (-0,1%) registraram números negativos no oitavo mês do ano.
Em São Paulo, o crescimento foi de 2,6% em agosto, influenciado pelo aumento na produção de açúcar. O registro interrompeu três meses de taxas negativas na indústria paulista, mas o setor industrial no local mostra retração de 0,7% no índice acumulado do ano.
"A influência positiva na indústria paulista veio, entre outros fatores, do crescimento na produção de açúcar, pois estamos no meio da safra de cana-de-açúcar de 2018 e 2019", disse.
Já em comparação com agosto do ano passado, o setor industrial teve um recuo de 2,3%, com queda em oito dos quinze locais pesquisados pelo IBGE. Porém, o oitavo mês de 2019 teve um dia útil a menos do que o mesmo período de 2018.
Ainda comparado com agosto de 2018, o Espírito Santo registrou queda acentuada de 16,2%, reflexo das quedas nas indústrias extrativas e de produtos alimentícios.
Nordeste também teve recuo alto, de 10,1%, devido à redução nas indústrias de automóveis, produtos químicos, produtos alimentícios e celulose.
Bahia (-9,3%), Pernambuco (-9,2%), Mato Grosso (-6,5%), Minas Gerais (-6,5%), Rio Grande do Sul (-6,3%) e Santa Catarina (-3,1%) foram outros locais com recuo na produção nesse mês.
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