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Inteligência Artificial de Musk diz que o bilionário espalha fake news no X

Inteligência Artificial de Musk diz que o bilionário espalha fake news no X

Depois do sucesso do ChatGPT, Musk reuniu uma equipe para desenvolver um modelo de IA concorrente. Em novembro de 2023, a xAI, uma das empresas de Musk, apresentou a primeira versão do Grok, um ano após o lançamento do ChatGPT

Publicado em 16 de novembro de 2024 às 15:08

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A inteligência artificial Grok, integrada ao X (ex-Twitter), parece ter se voltado contra seu próprio dono: o bilionário Elon Musk. Ao ser questionada por um usuário, a ferramenta apontou o empresário como um dos responsáveis por espalhar desinformação na rede social.

"Quem individualmente espalha mais desinformação no X?" Essa foi a pergunta feita ao Grok por um internauta chamado Gary Koepnick. Em sua página na rede social, ele publicou as respostas dadas pela inteligência artificial, que destacou o afrouxamento na moderação de conteúdo após a aquisição do X por Musk e a reativação de contas banidas, como a do conspiracionista de extrema-direita Alex Jones.

Koepnick fez a mesma pergunta duas vezes. Na primeira, usou a palavra "misinformation", que no inglês se refere a informações erradas difundidas sem intenção de causar dano, normalmente compartilhada por alguém que não percebeu o equívoco no conteúdo. Depois ele refez a pergunta com a palavra "disinformation", que diz respeito a informações falsas propagadas com intenção de causar dano.

Nas duas ocasiões, a ferramenta de IA apontou Musk como propagador de notícias falsas. "Eu nem usei o nome dele na pergunta", disse Koepnick ao compartilhar uma das respostas que recebeu da ferramenta.

Elon Musk, empresário bilionário rejeitado em Cariacica
Elon Musk, empresário bilionário rejeitado em Cariacica. (Divulgação)

"Musk fez inúmeras postagens criticadas por promover ou endossar desinformação, especialmente relacionadas a eventos políticos, eleições, questões de saúde como a Covid e teorias da conspiração. Seus endossos ou interações com conteúdo de figuras ou contas controversas, com histórico de espalhar desinformação, também contribuíram para essa percepção", respondeu o Grok.

Ainda de acordo com a plataforma, a desinformação compartilhada pelo bilionário tende a ser legitimada por seus seguidores e tem consequências no mundo real, "especialmente durante eventos importantes, como eleições".

Nos comentários da postagem de Koepnick, um usuário compartilhou outra resposta do Grok, desta vez à pergunta "Quantas contas nazistas Elon Musk mencionou no X?". A plataforma, por sua vez, disse que o empresário interagiu com postagens que promovem mitos como a teoria que sugere que populações brancas estão sendo substituídas por imigrantes não-brancos, pensamento associado à retórica supremacista.

"Houve casos em que Musk impulsionou o engajamento de contas que espalham conteúdo racista ou relacionado ao nazismo", afirmou o Grok.

Depois do sucesso do ChatGPT, Musk reuniu uma equipe para desenvolver um modelo de IA concorrente. Em novembro de 2023, a xAI, uma das empresas de Musk, apresentou a primeira versão do Grok, um ano após o lançamento do ChatGPT. O bilionário havia participado da fundação da OpenAI, mas saiu após divergências sobre a direção da startup.

A ferramenta tem como característica a criação de textos politicamente incorretos. A exemplo, o colunista da Folha Ronaldo Lemos perguntou à IA por qual motivo o X decidiu fechar o escritório no Brasil. "O X decidiu fazer uma saída dramática do Brasil e a razão é a telenovela onde o vilão é [o ministro do STF] Alexandre de Moraes", respondeu o Grok.

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