Os investimentos diretos no Brasil somaram US$ 1,8 bilhão em outubro, volume 14% menor ao registrado em setembro, quando foram aportados no país US$ 2 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (25).
A pandemia do novo coronavírus prejudicou esse tipo de investimento, feito por empresas que estabelecem um relacionamento de médio e longo prazo com o país.
Desde o início da crise, o nível dos investimentos diretos têm expressiva queda. Após leve recuperação entre maio e julho, o nível voltou a cair e em agosto registrou o menor valor desde a chegada do vírus ao país, com US$ 1,5 bilhão.
Na comparação com outubro de 2019, quando o país registrou US$ 8,2 bilhões, a queda foi de 78%. Já nos últimos 12 meses, os investimentos foram de US$ 43,5 bilhões, o equivalente a 2,94% do Produto Interno Bruto (PIB).
Com baixo fluxo de comércio exterior, as contas externas brasileiras fecharam outubro com resultado positivo em US$ 1,5 bilhão, puxado pela balança comercial, que registrou superavit (mais exportações que importações) de US$ 4,8 bilhões.
A balança comercial tradicionalmente apresenta superavit em momentos de baixa atividade econômica, já que o país importa mais nas épocas de expansão.
Na prática, todo o nível de comércio exterior diminuiu com a crise. Tanto as exportações quanto as importações caíram, mas a redução no fluxo de entrada de produtos estrangeiros no país foi mais acentuada.
As exportações foram de US$ 18 bilhões em outubro, recuo de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações diminuíram 26,3%, para US$ 13,1 bilhões.
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