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IPCA em 12 meses está perto do pico, diz presidente do BC

IPCA em 12 meses está perto do pico, diz presidente do BC

Campos Neto reconheceu que a autarquia esperava que o auge inflacionário seria em setembro, mas afirmou que os choques de energia surpreenderam

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 14:34

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa durante cerimonia de sansão da Lei da Autonomia do Banco Central
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa durante cerimonia de sansão da Lei da Autonomia do Banco Central. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador de inflação oficial do País, está próximo do pico em 12 meses. Ele acrescentou ainda que, em 2022, o BC acredita em melhora.

Campos Neto reconheceu que a autarquia esperava que o auge inflacionário seria em setembro, mas afirmou que os choques de energia surpreenderam. A inflação em 12 meses acelerou de 10,25% em setembro para 10,67% em outubro. "Os choques de energia estão se disseminando mais na cadeia", disse, em participação em evento do Secovi-SP.

Ele argumentou que, mesmo com os valores de gasolina estáveis no mercado internacional, o preço continuou subindo nas bombas do País, já que aqui o preço é formado também pelos custos de frete e do etanol, que fazem parte da mistura do combustível derivado do petróleo.

Em resposta a uma pergunta sobre o custo do home equity, modalidade de empréstimo com imóvel como garantia, no Brasil devido às taxas cartoriais, o presidente do BC disse que o primeiro passo é fazer a plataforma de central de garantias.

Depois, disse Campos Neto, a ideia é pensar em um modelo de registro em blockchain, uma espécie de banco de dados que registra as operações em rede, com os próprios participantes como controladores e auditores, responsáveis por aprovar tudo coletivamente.

Na quinta-feira, o governo lançou o projeto de lei do Novo Marco de Garantias, que pretende aumentar o acesso ao crédito e barateá-lo. Uma das medidas é a criação das Instituições Gestoras de Garantia (IGGs), que serão responsáveis por avaliar os bens dos interessados em tomar empréstimos e definir um limite para diferentes operações de crédito com base naquela garantia.

No home equity, o governo pretende que um mesmo imóvel seja usado como garantia para diferentes empréstimos, ao contrário do que ocorre hoje.

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