O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador de inflação oficial do País, está próximo do pico em 12 meses. Ele acrescentou ainda que, em 2022, o BC acredita em melhora.
Campos Neto reconheceu que a autarquia esperava que o auge inflacionário seria em setembro, mas afirmou que os choques de energia surpreenderam. A inflação em 12 meses acelerou de 10,25% em setembro para 10,67% em outubro. "Os choques de energia estão se disseminando mais na cadeia", disse, em participação em evento do Secovi-SP.
Ele argumentou que, mesmo com os valores de gasolina estáveis no mercado internacional, o preço continuou subindo nas bombas do País, já que aqui o preço é formado também pelos custos de frete e do etanol, que fazem parte da mistura do combustível derivado do petróleo.
Em resposta a uma pergunta sobre o custo do home equity, modalidade de empréstimo com imóvel como garantia, no Brasil devido às taxas cartoriais, o presidente do BC disse que o primeiro passo é fazer a plataforma de central de garantias.
Depois, disse Campos Neto, a ideia é pensar em um modelo de registro em blockchain, uma espécie de banco de dados que registra as operações em rede, com os próprios participantes como controladores e auditores, responsáveis por aprovar tudo coletivamente.
Na quinta-feira, o governo lançou o projeto de lei do Novo Marco de Garantias, que pretende aumentar o acesso ao crédito e barateá-lo. Uma das medidas é a criação das Instituições Gestoras de Garantia (IGGs), que serão responsáveis por avaliar os bens dos interessados em tomar empréstimos e definir um limite para diferentes operações de crédito com base naquela garantia.
No home equity, o governo pretende que um mesmo imóvel seja usado como garantia para diferentes empréstimos, ao contrário do que ocorre hoje.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta