Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta terça-feira (13), pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 2,12% para 2,47%. Há um mês, estava em 1,94%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,00% para 3,02%. Quatro semanas atrás, estava em 3,01%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções também eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação ainda está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
Na última sexta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de setembro foi de 0,64%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 3,14%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 2,23% para 2,77%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,20% para 3,17%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 1,95% e 3,20%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 foi de 3,48% para 3,50%, ante 3,48% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 passou de 3,50% para 3,38%, ante 3,50% de quatro semanas antes.
A projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 2,23% para 2,64%. Houve 61 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 1,95%.
No caso de 2021, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,02% para 3,08%. Há um mês, estava em 3,00%. A atualização no Focus foi feita por 61 instituições.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em outubro de 2020, de alta de 0,40% para avanço de 0,45%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava alta de 0,33%
Para novembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,25% para 0,26% e, para dezembro, seguiu em alta de 0,40%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,24% e 0,40%, nesta ordem.
No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de alta de 3,24% para 3,29% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,14%.
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 5,02% para queda de 5,03%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,11%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
No Focus divulgado nesta terça-feira, 13, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,30% para retração de 6,00%. Há um mês, estava em baixa de 6,90%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 4,53%, ante 5,50% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,55% para 67,00%. Há um mês, estava em 67,50%. Para 2021, a expectativa foi de 70,00% para 69,20%, ante 69,95% de um mês atrás.
O Relatório de Mercado Focus trouxe, ainda, alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 12,05% para 12,00%. No caso de 2021, seguiu em 3,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 12,00 % e 2,80%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 15,70% para 15,80%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, permaneceu em 3,00%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,30% e 6,50%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o país terá um cenário fiscal ainda mais difícil.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 57,49 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,15 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,40 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 seguiu em déficit de US$ 6,81 bilhões, ante US$ 7,50 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo permaneceu em US$ 17,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,10 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 51,26 bilhões para US$ 50,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a expectativa permaneceu em US$ 65,00 bilhões, ante US$ 66,48 bilhões de um mês antes.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta terça-feira (13), que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.
Já a projeção para a Selic no fim de 2021 seguiu em 2,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, valor igual ao de um mês antes. Para 2023, permaneceu em 5,50%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.
Em setembro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que "a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado", mas "devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno".
Em função disso, conforme o BC, "eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva".
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções de médio prazo no Focus (Top 5), a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 2,00% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2021, permaneceu em 2,00% ao ano, igual a quatro semanas atrás.
A projeção para o fim de 2022 no Top 5 permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. No caso de 2023, foi de 4,63% para 4,75%, ante 5,00% de quatro semanas antes.
O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta terça-feira (13), pelo Banco Central (BC), mostrou alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 5,25 para R$ 5,30, ante R$ 5,25% de um mês atrás. Para 2021, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio passou de R$ 5,00 para R$ 5,10, ante R$ 5,00 de quatro pesquisas atrás.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta