SÃO PAULO - A Justiça aceitou o pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok na última sexta-feira (9), mesmo dia que foi anunciado a compra da varejista pela Mobly, empresa de comércio eletrônico de móveis e decoração.
Desde 2023, a Tok&Stok apresenta problemas financeiros e tem feito mudanças para sobreviver a crise. A decisão de oferecer essa chance para a empresa foi da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Os credores que aprovaram a recuperação extrajudicial são o Santander, Bradesco, Domus e FS Investments, que detêm 65% dos débitos. O mecanismo libera a corporação endividada a renegociar apenas com os credores mais estratégicos.
A negociação não deve atingir funcionários, clientes e fornecedores, apenas as cinco instituições financeiras.
A compra pela Mobly deve ser também outra alternativa para a sobrevivência da Tok&Stok, que atua na venda de móveis e de artigos de decoração. A transação será feita por meio de um aumento de capital, no qual os atuais controladores da Tok&Stok receberão ações da Mobly em troca de suas participações, de acordo com fato relevante divulgado na sexta.
O valor mínimo atribuído à Tok&Stok na operação é de R$ 112,3 milhões. A Mobly, que continuará listada na B3, emitirá novas ações para incorporar a rival.
O acordo prevê a aquisição de 60,1% do capital da Tok&Stok geridos pela SPX Capital, colocando a Mobly na posição de acionista controlador.
Os fundos geridos pela SPX passarão suas ações na Tok&Stok para a Mobly e com isso a deterão 12% da gigante de móveis online.
A fusão mira uma operação omnichannel, que integra lojas físicas e on-line. As empresas estimam que as sinergias da união podem gerar entre R$ 80 milhões e R$ 135 milhões por ano em caixa adicional num prazo de cinco anos. As marcas devem ser mantidas.
A operação ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da Mobly e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Também é necessário que a Tok&Stok conclua uma reestruturação de dívidas em andamento.
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