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Lira dá ultimato para que governo federal segure preço da conta de luz

Lira dá ultimato para que governo federal segure preço da conta de luz

Recado foi dado ao ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e a representantes da Aneel. Caso contrário, a Câmara votará um projeto que suspende os reajustes

Publicado em 18 de maio de 2022 às 17:08- Atualizado há 3 anos

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), deu um ultimato para que o governo federal encontre uma solução para o aumento nas tarifas de energia elétrica. Caso contrário, a Câmara votará um projeto que suspende os reajustes na conta de luz.

Lira se reuniu nesta quarta-feira (18) com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e deputados federais na residência oficial da Presidência da Câmara para discutir a questão.

"Sachsida saiu daqui com a incumbência de se reunir com distribuidoras, Aneel e parlamentares para discutir uma saída equilibrada", disse Lira em pronunciamento após a reunião.

"Apesar de ser contratual, [o reajuste] pode ser minimizado", acrescentou. Agora, prosseguiu Lira, a Câmara espera una resposta "em um prazo bastante curto". Caso contrário, a solução poderá vir do plenário da Câmara, concluiu.

Durante a reunião, Sachsida apresentou algumas alternativas como utilizar os recursos da capitalização da Eletrobras e a antecipação da devolução do Pis/Cofins e ICMS cobrado indevidamente das contas de luz.

Para os deputados, o prazo do governo é a próxima terça-feira (24), quando ocorrerá uma reunião de Lira com os líderes partidários. "Caso essa solução não chegue, o Congresso está pronto para votar o decreto", disse o deputado Domingo Neto (PSD-CE), autor do projeto que suspende o aumento na tarifa de energia no Ceará.

Energia elétrica
Conta de energia elétrica tem tido aumentos recorrentes. (Carlos Alberto Silva)

O projeto é a solução apresentada pela Câmara para impedir o aumento. Até agora, ele contempla apenas o Ceará, cuja tarifa foi reajusta em 24%. Nada impede, entretanto, que a medida seja generalizada quando o texto for pautado para votação. A alta do preço de energia é um assunto sensível diante da inflação que já está alta e o ano eleitoral.

Entre os reajustes já divulgados, a região Nordeste é a que teve os maiores aumentos. Depois do Ceará vem a Coelba, da Bahia, com 21% e a Cosern, do Rio Grande do Norte, com 20%. Para a região como um todo, o reajuste será de 17%.

Além da pressão via decreto que suspende os reajustes, a Câmara também já aprovou convites para ouvir Sachsida. As comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Minas e Energia querem ouvir o ministro sobre a proposta em estudo para privatização da Petrobras e sobre a política de preços da estatal para combustíveis. Em ambas a data marcada foi 22 de junho.

A Câmara também pode votar a urgência de um projeto que põe água, energia e combustível como bens essenciais, o que limitar o ICMS incidente sobre esses itens em 17%. "Hoje tem estado que cobra 34%", apontou o autor do projeto, o deputado Danilo Forte (União Brasil).

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