O leilão que a rede de livrarias Saraiva abriu com o objetivo de vender parte de suas operações não atraiu nenhum comprador habilitado.
O movimento era parte do acordo de recuperação judicial da empresa, que já ostentou o posto de maior varejista de livros do Brasil --hoje, a rede com mais lojas é a Leitura.
A meta era angariar ao menos R$ 189 milhões com a venda de 23 lojas físicas ou R$ 150 milhões com a operação de vendas virtuais da rede. Havia ainda a possibilidade de compra casada das duas operações, mas nenhum dos preços mínimos foi atingido.
O edital para possíveis compradores foi publicado há um mês e os envelopes com o resultado foram abertos na última sexta-feira. Caso houvesse mais de uma proposta ajustada aos termos do processo, os credores da empresa escolheriam a vencedora.
Segundo a mais recente versão de seu plano de recuperação judicial, renegociado com os credores em fevereiro, a empresa pode abrir um novo edital alterando os termos de compra para seus ativos.
Caso a ausência de compradores permaneça, o plano volta à mesa de negociação com os credores, sempre sob orientação do juiz que acompanha o processo.
A história da recuperação judicial da Saraiva se estende desde novembro de 2018. Desde então, a empresa acumula déficits e demissões, agravados pela pandemia do coronavírus. No ano passado, a rede fechou metade de suas 73 livrarias, espalhadas por diversas cidades do país.
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