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Lula demite Jean Paul Prates da presidência da Petrobras

Lula demite Jean Paul Prates da presidência da Petrobras

Comando da estatal será trocado após meses de vaivém em torno de balanço de 2023; Magda Chambriard, que já comandou a ANP, foi indicada para o cargo

Publicado em 14 de maio de 2024 às 21:21

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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu nesta terça-feira (14) o presidente da PetrobrasJean Paul Prates. Para seu lugar, indicou Magda Chambriard, que comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).

A decisão foi comunicada a Prates em reunião no fim da tarde desta terça (14), com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), com quem Prates vinha tendo desentendimentos.

Petrobras
Jean Paul Prates foi comunicado da decisão nesta terça (14). (Carlos Alberto Silva - 18/9/2023)

Nesta segunda-feira (13), a Petrobras anunciou lucro de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa anunciou o pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos a seus acionistas.

Foi um trimestre conturbado, tanto do ponto de vista operacional quanto político – a estatal passou parte do período com elevadas defasagens nos preços dos combustíveis e sob ataque de ala do governo contrária a Prates.

A gestão Prates passou semanas sob ataque de alas do governo após a retenção dos dividendos referentes ao quarto trimestre de 2023, decisão tomada em Brasília contra a vontade da direção da estatal.

Lula decidiu recuar e aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, como havia sugerido a empresa inicialmente, e Prates ganhou sobrevida no cargo. As ações da empresa reagiram e recuperaram as perdas durante a crise.

No balanço de 2023, o governo cedeu e aprovou a distribuição de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras. O valor aprovado corresponde a 50% do lucro excedente de 43,9 bilhões que havia registrado e retido.

Após semanas de idas e vindas, com fortes impactos sobre as ações da estatal, a União não só recuou como recomendou à empresa que avalie a distribuição dos 50% restantes.

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