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Lula relança Minha Casa Minha Vida com foco em famílias com renda até R$ 2,6 mil

Lula relança Minha Casa Minha Vida com foco em famílias com renda até R$ 2,6 mil

Governo quer colocar esforços e recursos para retomar obras em unidades da faixa 1 que estavam paralisadas por falta de recursos

Publicado em 14 de fevereiro de 2023 às 19:37- Atualizado há um ano

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 Presidente Jair Bolsonaro visita a cidade de São Mateus para entregar casas do Programa Casa Verde Amarela, (antigo Minha Casa Minha Vida), no Residencial São Mateus
Casas do Minha Casa Minha Vida em São Mateus, no ES. (Fernando Madeira)
Amanda Pupo e Eduardo Gayer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira, 14, a Medida Provisória que lança o novo Minha Casa Minha Vida. O programa habitacional volta a focar na população de mais baixa renda com o chamado Faixa 1, que atenderá famílias com renda bruta de até R$ 2.640 - antes, o limite era de R$ 1.800.

Lula oficializou o retorno do programa em agenda em Santo Amaro, na Bahia, onde fez a entrega de 684 unidades em dois conjuntos habitacionais. Ao todo, o governo previa inaugurar hoje 2.745 casas, em nove municípios de seis estados.

O conteúdo da MP ainda não foi divulgado pelo governo. Mas algumas novidades já foram anunciadas, como o novo valor de renda do Faixa 1, a ampliação da inclusão da locação social, a possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa, além da meta de contratar 2 milhões de moradias até 2026. O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou na cerimônia que o programa vai gerar nos próximos quatro anos 1 milhão de novos empregos diretos e indiretos.

Segundo o Executivo, os empreendimentos estarão mais próximos a comércio, serviços e equipamentos públicos, e com melhor infraestrutura no entorno.

Como o arcabouço de regras do programa ainda não está fechado, as novas contratações do Faixa 1 ainda devem demorar. Enquanto isso, o governo quer colocar esforços e recursos para retomar obras em unidades dessa faixa que estavam paralisadas por falta de recursos.

A previsão é de que hoje Lula anuncie que retomará 5.562 casas, localizadas em Rio Largo, em Alagoas, Chapadinha e Imperatriz, no Maranhão; Governador Valadares, em Minas Gerais, e Belém, no Pará. Ao todo, o governo diz que irá assegurar a continuidade ou retomada de obras de 186,7 mil moradias em todo o país.

Programa tinha outra cara no governo Bolsonaro

Nos últimos anos, o programa habitacional cambaleou com a falta de recursos do orçamento. Tanto que o Casa Verde e Amarela, modelado no governo Bolsonaro, não oferecia o nível de benefícios do Faixa 1, que historicamente contou com subsídios de 85% a 95% do valor do imóvel.

Com a aprovação da PEC da Transição, contudo, Lula conseguiu espaço para turbinar a política habitacional e futuramente voltar a contratar casas voltadas às famílias de mais baixa renda.

O orçamento do programa em 2023 ficou R$ 9,5 bilhões - ante R$ 34,2 milhões inicialmente previstos para o setor. Dos R$ 9,5 bilhões, a maior parcela, de R$ 7,8 bilhões, foi destinada justamente ao instrumento de sustentação do Faixa 1: o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Para entregar simultaneamente as unidades do MCMV, Lula enviou ministros para representar o governo nas outras cidades.

Segundo a presidente da Caixa, Rita Serrano, as obras entregues hoje estavam com 94% de conclusão já em 2016, mas ficaram paradas desde então. "Só agora, quando Lula voltou, é que elas foram concluídas. A Caixa cumpre seu papel mais primordial, social, de contribuir para o desenvolvimento do país. E junto com Lula, governos, prefeitos, estamos reconstruindo o Brasil", disse Serrano na cerimônia.

O ministro das Cidades disse ainda que "todos poderão apresentar sugestões" ao desenho do programa e propor mudanças. "Será sempre assim nessa gestão. É assim o regime democrático. Garanto a vocês que será um programa modelo a ser copiado por outras comunidades e países", afirmou.

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