Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,49% para elevação de 3,50%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,40%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB em alta de 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
No Focus divulgado nesta segunda-feira (1º), a projeção para a produção industrial de 2021 passou de expansão de 5,03% para 5,02%. Há um mês, estava em elevação de 4,78%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,45% para 2,40%, ante 2,43% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 seguiu em 64,45%. Há um mês, estava em 66,30%. Para 2022, a expectativa foi de 66,60% para 65,80%, ante 67,71% de um mês atrás.
O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2021. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 2,80% para 2,75%. No caso de 2022, foi de 2,16% para 2,08%. Há um mês, os porcentuais estavam em 3,00% e 2,11%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 foi de 7,00% para 6,85%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, seguiu em 6,40%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 7,00% e 6,25%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus, em superávit comercial de US$ 55,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,10 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit foi de US$ 49,30 bilhões para US$ 49,70 bilhões. Há um mês, estava em US$ 48,90 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 foi de déficit de US$ 19,95 bilhões para US$ 19,66 bilhões, ante US$ 16,00 bilhões de um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo foi de US$ 29,10 bilhões para US$ 29,05 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 29,10 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 seguiu em US$ 60,00 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a expectativa permaneceu em US$ 70,00 bilhões, igual a um mês antes.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (1), pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,50% para 3,53%. Há um mês, estava em 3,32%. A projeção para o índice em 2022 seguiu em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,20%, nesta ordem.
A estimativa dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). O BC deixou de publicar, no documento do Focus, as expectativas sobre o Top 5.
A projeção mediana para o IPCA de 2021 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis seguiu em 3,60%, conforme o Relatório Focus. Houve 40 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,34%. No caso de 2022, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,50% para 3,49%. Há um mês, estava em 3,50%. A atualização no Focus foi feita por 39 instituições.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA em janeiro de 2021, de alta de 0,30%. Para fevereiro, a projeção no Focus foi de elevação de 0,46% para 0,47% e, para março, seguiu em alta de 0,29%. Há um mês, os porcentuais indicavam 0,38% e 0,26%, nesta ordem. No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de 3,49% para 3,60% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,56%.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 3,50% ao ano. Há um mês, estava em 3,00%.
No caso de 2022, a projeção permaneceu em 5,00% ao ano, ante 4,50% de mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. Para 2024, permaneceu em 6,00%, igual a um mês atrás.
Em janeiro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado "forward guidance" (ou prescrição futura, na tradução do inglês).
Adotado em agosto de 2020, o "forward guidance" era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.
O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 1, pelo Banco Central (BC), mostrou leve mudança no cenário para a moeda norte-americana em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim período foi de R$ 5,00 para R$ 5,01, ante R$ 5,00 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio seguiu em R$ 5,00, ante R$ 4,90 de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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