Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,77% para queda de 5,66%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 6,50%.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
No Focus desta segunda-feira (3), a projeção para a produção industrial de 2020 passou de baixa de 7,86% para queda de 7,92%. Há um mês, estava em baixa de 8,10%.
No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 4,00%, igual a quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,40% para 67,50%.
Há um mês, estava em 67,10%. Para 2021, a expectativa foi de 69,78% para 69,83%, ante 68,06% de um mês atrás.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.
Já a projeção para a Selic no fim de 2021 permaneceu em 3,00% ao ano, igual a quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção permaneceu em 5,00%, igual a um mês antes. Para 2023, permaneceu em 6,00%, igual a quatro semanas atrás.
Em junho, ao cortar a Selic de 3,00% para 2,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que, para as próximas reuniões, "vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual".
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo no Focus, a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 1,88% ao ano, ante 2,00% ao ano de um mês antes. No caso de 2021, permaneceu em 2,25% ao ano, igual a quatro semanas atrás.
A projeção para o fim de 2022 no Top 5 seguiu em 4,50%. Há um mês, estava em 4,25%. No caso de 2023, permaneceu em 5,75%, ante 5,88% de quatro semanas antes.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 3, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 1,67% para 1,63%. Há um mês, estava em 1,63%.
A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,42%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%).
No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 seguiu em 1,51%. Para 2021, a estimativa do Top 5 permaneceu em 2,78%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 1,51% e 2,80%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,50%, igual a um mês atrás.
A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,25%, ante 3,38% de quatro semanas antes.
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