A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira neste ano, um dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, foi ajustada de 6,51% para 6,50%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) a soma de todos os bens e serviços produzidos no país está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. As informações são da Agência Brasil
Para o próximo ano, a expectativa é um crescimento de 3,50%, a mesma prevista há quatro semanas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.
A previsão é que a cotação do dólar permaneça em R$ 5,20 ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 1,60% para 1,61%.
Para 2021 a estimativa de inflação permanece em 3%. A previsão para os anos seguintes -2022 e 2023- também não teve alterações e ficou em 3,50%.
A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, foi estabelecida em 4% para 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75%; para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em ambos os anos.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano, a mesma previsão da semana passada.
A expectativa para o fim de 2021 é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é de 5% ao ano e, para o final de 2023, 6% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
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