SÃO PAULO - As montadoras começam a liberar as tabelas com os preços de carros com descontos e lançam campanhas de marketing. A Renault já anuncia o Kwid por R$ 58.990, uma redução de R$ 10 mil na comparação com o valor sugerido antes das medidas implementadas nesta segunda (5).
O pacote de equipamentos não foi alterado. A versão tem ar-condicionado, direção com assistência elétrica, quatro airbags e sistema de som, entre outros itens.
A Fiat retirou as tabelas de seu site e colocou a mensagem "Em breve oferta com preços reduzidos" sob as fotos dos modelos. A expectativa é de diminuição para abaixo de R$ 60 mil – o Mobi era anunciado por R$ 68.990 antes do plano.
A Volkswagen atualizou os preços. O Polo Track, que custava R$ 82.290, agora é comercializado por R$ 74.990. O sedã Virtus teve redução de R$ 5.500 e agora custa a partir de R$ 98.890 na versão 1.0 turbo flex com câmbio manual.
O SUV compacto T-Cross Sense passou de R$ 116.550 para R$ 107.550 desconto de R$ 9.000, acima do teto previsto pelo governo. Já a picape Saveiro, que será remodelada neste ano, teve valor reduzido de R$ 94.490 para 90.190 na opção Robust, com cabine simples.
Em nota, a montadora diz que todas as concessionárias estão prontas para aplicar os preços já reduzidos. "A Volkswagen vai expandir a oferta e oferecerá bônus de até R$ 5.000 ou taxa zero aos seus clientes."
Na Jeep, a versão 1.3 Turbo do Renegade passa de R$ 125.990 para R$ 115.990. A versão Sport, que tem algumas diferenças de acabamento, entra em promoção: redução de R$ 134.990 para os mesmos R$ 115.990 da opção de entrada.
Para chegar a esses valores, a marca oficializou uma nova tabela: ambas as versões tiveram uma "redução relâmpago", com preço fixado a R$ 119.990. Ou seja, R$ 10 a menos que o teto estabelecido pelo governo.
A Hyundai reduziu o preço do HB20 1.0 Sense de R$ 82.290 para R$ 74.290, promoção anunciada pouco antes da divulgação das medidas.
Num primeiro momento, o Mdic (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) informou que a redução nos preços finais ficaria entre 1,5% e 10,96%. Após conversas com o Ministério da Fazenda, porém, o programa foi redesenhado, e a desoneração direta de tributos deu lugar a um novo modelo.
Para o consumidor, o efeito será um desconto entre R$ 2.000 e R$ 8.000 no valor de aquisição dos automóveis, mas as montadoras devem aplicar tabelas próprias, somando os descontos praticados no mercado atualmente.
O incentivo do governo isso representa um desconto entre 1,6%, e 11,6% nos valores atuais. "O desconto será em dinheiro", disse vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Os benefícios serão concedidos até os limites de R$ 500 milhões para carros, R$ 300 milhões para ônibus e R$ 700 milhões para caminhões. As cifras funcionarão como uma espécie de trava: quando os créditos atingirem esse montante, o incentivo do governo será encerrado – mesmo que isso aconteça antes dos quatro meses previstos.
Quanto menor for o preço do veículo, maior tende a ser o abatimento. Os modelos mais baratos, que hoje custam cerca de R$ 70 mil, devem ter o desconto maior, de R$ 8.000 (11,6%). Já um modelo que custe R$ 120 mil deve ter o menor benefício (R$ 2.000, ou 1,6%).
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