O vice-presidente, Hamilton Mourão, defendeu nesta terça-feira (12) que o Poder Executivo precisa estar preparado para continuar a socorrer setores da sociedade caso a atual crise sanitária não chegue ao fim no curto prazo.
Em live promovida pela XP Investimentos, o general da reserva avaliou que a velocidade de reação do setor produtivo à paralisação econômica não será uniforme e que o ramo de serviço pode ter mais dificuldade para se restabelecer.
"Nós temos de ter uma visão de que, em algum momento, nós poderemos ter de continuar socorrendo determinados setores da sociedade se isso se estender por mais tempo de forma efetiva. Isso a gente não pode desconsiderar de nossos planejamentos", disse.
Mourão considerou que a a crise causada pela pandemia do coronavírus só será solucionada, do ponto de vista dele, ou com o desenvolvimento de um medicamento ou com a produção de uma vacina contra a doença.
Ele defendeu que, enquanto não se chega a uma solução, cabe ao poder público criar facilidades e dar condições para que as pequenas e médias empresas consigam retomar as suas atividades quando arrefecer os efeitos da pandemia.
"Não acredito que a economia baterá em um ponto mais difícil e, imediatamente, vai começar a emergir. A saída vai variar de acordo com cada um dos setores. Nós temos setores que foram altamente prejudicados, como bares e restaurante, onde o capital de giro é menor e a concorrência é acirrada. Não será algo que mudará da noite para o dia", afirmou.
O vice-presidente ressaltou que, mesmo diante da atual crise, o Executivo ainda busca aprovar as reformas administrativa e tributária e chegar em 2022 com um superavit primário. Segundo ele, não há chance de se revogar o teto de gastos públicos.
De acordo com Mourão, na tentativa de retomar a atividade econômica, a meta do governo é colocar em prática a partir de agosto o plano Pró-Brasil, cujo objetivo é retomar obras e projetos parados no país.
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