O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, defendeu nesta terça-feira (21) que não é possível interferir na política de preços da Petrobras. A fala vem um dia após a renúncia do presidente da empresa, José Mauro Coelho, em meio a pressões políticas pelo preço dos combustíveis.
"Não é possível interferir no preço dos combustíveis. Não está no controle do governo e honestamente, preço é uma decisão da empresa, não do governo", afirmou. "Além disso, nós temos marcos legais que impedem a intervenção do governo na administração da empresa, mesmo o governo sendo acionista majoritário", completou o ministro.
Sachsida participa de uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados que tem como objetivo justamente debater o preço dos combustíveis.
Durante sua fala, o ministro repetiu um discurso frequentemente adotado pelos integrantes do governo federal, atribuindo o aumento no valor da gasolina e do diesel à guerra da Rússia e da Ucrânia, que reduziu a oferta de petróleo.
"Existe sim um problema de tributação no preço dos combustíveis", acrescentou, abordando outro ponto comumente usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros para explicar a alta de preços.
O governo e o Congresso vêm trabalhando em propostas de redução de impostos sobre os combustíveis para tentar segurar os valores. No entanto, especialistas alertam para o risco de o corte de impostos ser compensado por outros fatores.
O ministro também apresentou números que mostram que Petrobras teve lucro líquido bem acima das demais petroleiras no primeiro trimestre, e que está pagando mais dividendos em relação a outras companhia do mundo.
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