O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descarta a leitura de que o fim da paridade de importação como baliza para o preço de petróleo possa ser interpretado como uma intervenção do governo na companhia.
"Não há intervenção, absolutamente nenhuma", afirmou Prates em coletiva à imprensa nesta terça-feira (16), após o anúncio da mudança na regra de reajuste e da divulgação de reduções nos preços dos combustíveis.
"Não há intervenção no sentido de dizer 'bote o preço assim'. Não. Os instrumento da Petrobras, de competitividade e rentabilidade da companhia, estão integralmente garantidos. O que estamos falando aqui é de um modelo que vai garantir a ela ter o melhor preço para o seu cliente, como qualquer outra empresa."
Segundo Prates, a proposta de adotar um novo sistema de reajuste para o preço dos combustíveis no mercado interno foi anunciado ainda durante a campanha pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi aprovado nas urnas.
O cálculo do PPI (Preço de Paridade de Importação) funcionava como uma espécie de garantia de que o governo não interferia nos preços dos combustíveis, uma vez que era baseado numa fórmula fixa.
Apesar de alguns especialistas criticarem a extinção do mecanismo, a nova proposta foi considerada positiva por analistas de mercado. Na leitura desse segmento, não se materializou o pior cenário, que seria a não adoção de uma regra nova, com uma simples volta ao passado.
As ações da Petrobras avançavam 5,11%, a R$ 26,97, após o anúncio da nova estratégia comercial.
Como resultado imediato da revisão, Prates também anunciou que o preço da gasolina nas refinarias da estatal vai cair 12,6%, ou R$ 0,40 por litro. O preço do diesel será reduzido em 12,8%, ou R$ 0,44 por litro. Já o preço do gás de cozinha cairá 21,3%, ou R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.
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