Na esteira dos impactos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, o Banco Central promoveu nesta quinta-feira (25), forte corte em sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A expectativa para a economia este ano passou de zero (0,00%) para retração de 6,4%. A nova estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pela manhã.
Entre os componentes do PIB para 2020, o BC alterou de alta de 2,9% para 1,2% a projeção para a agropecuária, o único que ainda apresenta projeção positiva. No caso da indústria, a estimativa passou de -0,5% para -8,5% e, para o setor de serviços, de zero para -5,3%.
Do lado da demanda, o BC reduziu a estimativa do consumo das famílias, de +0,8% para -7,4%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi mantido em +0,2%.
O documento agora divulgado indica ainda que a projeção de 2020 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - foi de -1,1% para -13,8%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em março.
O Banco Central reafirmou por meio do RTI que "indicadores recentes sugerem que a contração da atividade econômica no segundo trimestre será ainda maior". De acordo com o BC, "prospectivamente, a incerteza permanece acima da usual sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano".
Estas avaliações já constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira (23). Ao avaliar o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2020, o BC repetiu que o resultado "confirmou a sua maior queda desde 2015, refletindo os efeitos iniciais da pandemia".
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