A riqueza permanece concentrada no país. Em 2018, oito municípios detinham cerca de 25% da economia brasileira, mas apenas 14,7% da população, de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2018, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram: São Paulo (com 10,2% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (5,2%), Brasília (3,6%), Belo Horizonte (1,3%), Curitiba (1,2%), Manaus (1,1%), Porto Alegre (1,1%) e Osasco/SP (1,1%).
"É um indicador de concentração bem evidente. Apesar dessa concentração bem evidente, em relação a 2002, existe tendência de desconcentração", disse Luiz Antonio de Sá, analista do IBGE.
Em 2002, a capital paulista respondia por uma fatia de 12,7% do PIB brasileiro, enquanto a capital fluminense detinha 6,3% da economia.
No ano de 2018, quando somados os 25 municípios brasileiros mais ricos, chegava-se a mais de um terço do PIB brasileiro, 36,3%. Os 71 maiores municípios alcançavam praticamente metade do PIB nacional, mas abrigavam pouco mais que um terço da população.
Por outro lado, os 1.346 municípios mais pobres responderam por apenas 1,0% do PIB nacional e 3,1% da população do país.
Se consideradas as concentrações urbanas, regiões com mais de 100 mil habitantes que reúnem uma ou mais cidades com alto grau de integração, apenas duas delas detinham, juntas, um quarto do PIB brasileiro: a de São Paulo/SP (16,8%), que inclui o município de Osasco (SP), entre outros; e a do Rio de Janeiro/RJ (8,1%).
As 10 maiores concentrações urbanas brasileiras eram responsáveis, juntas, por 42,5% do PIB brasileiro, que somou R$ 7,0 trilhões no ano de 2018.
"Existe a expectativa que a economia pungente das capitais transborde para municípios da região metropolitana", justificou Sá.
Na passagem de 2017 para 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do país foram Maricá (RJ), Niterói (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ), cada um com acréscimo de 0,2 ponto porcentual. Todos foram impulsionados pela alta do preço do petróleo.
A administração pública foi a principal atividade econômica em 49,2% dos municípios brasileiros, mas essa fatia superava os 90% dos municípios nos Estados do Acre, Roraima, Amapá, Piauí e Paraíba. No Estado de São Paulo, apenas 9,6% dos municípios tinham a administração pública como principal atividade econômica local.
O maior valor adicionado da Agropecuária foi São Desidério (BA). Na indústria, 20 municípios respondiam por quase 25% do valor adicionado do setor. Um quarto do valor adicionado dos serviços estava concentrado em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).
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