A expectativa de uma recuperação econômica mais rápida do que o esperado no pós-coronavírus segue ditando o otimismo do mercado financeiro. No Brasil, o dólar continuou em queda livre, com recuo de 2,6%, chegando a R$ 4,8560, menor valor desde 13 de março. O dólar turismo está a R$ 5,14.
Desde que atingiu o recorde nominal (sem contar a inflação), de R$ 5,90 em 13 de maio, a moeda americana acumulado queda de 17,75% na cotação, ou seja, R$ 1,04.
O cenário positivo no exterior levou o Ibovespa ao sétimo pregão consecutivo de alta, na maior sequência diária de ganhos em mais de dois anos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou o pregão com acréscimo de 3,17%, a 97.644, maior patamar desde 6 de março.
Investidores repercutem o relatório mensal de empregos nos Estados Unidos, divulgado na sexta (5). Ele mostrou uma queda inesperada na taxa de desemprego, reforçando a visão de que o pior dos danos econômicos causados pelo surto de vírus pode ter passado. Além disso, Estados Unidos e Europa retomam as atividades sem aumento no número de casos de coronavírus.
Nos EUA, apesar da onda de protestos antirracismo, a Bolsa de tecnologia Nasdaq superou a máxima histórica de fevereiro nesta segunda-feira (8), ao fechar a 9.924 pontos, alta de 1,13%.
Nesta sessão, o S&P 500, maior índice acionário americano, subiu 1,20%, apagou as perdas no ano e agora registra valorização de 0,3% em relação ao último pregão de 2019. Dow Jones teve alta de 1,7% e se aproxima de realizar o mesmo feito.
A trajetória de recuperação dos mercados levou a XP a mudar a projeção do Ibovespa para o fim de 2020, depois de reduzi-lo algumas vezes. De um preço-alvo de 94 mil pontos, a corretora vê o Ibovespa a 112 mil pontos, uma valorização de 15% em relação ao fechamento desta sessão.
"Apesar de vários riscos continuarem existindo (na economia global, riscos políticos e a crise da saúde que continua), acreditamos que ativos de risco devem sim continuar se recuperando. Isso porque enquanto a pandemia já começa a diminuir no mundo, as injeções de dinheiro por parte dos governos e Bancos Centrais continuarão no sistema no pós-pandemia. Já são mais de US$ 17 trilhões anunciados por governos em todo o mundo, o que representa 20% do PIB global - uma verdadeira bazuca!", diz relatório da XP.
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