Os produtores norte-americanos, que já vinham sendo afetados pela alta dos fertilizantes desde o ano passado, passaram a ter custos ainda maiores após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Para minimizar esses custos no campo, o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou, nesta sexta-feira (11), um plano de apoio a produtores independentes de fertilizantes.
O dinheiro virá de um fundo de crédito de commodities, reservado para períodos de perturbações no mercado. O valor do subsídio será de US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) neste verão.
Para o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, as recentes interrupções na cadeia de suprimentos, devido à pandemia e à guerra atual, vêm mostrando o quão importante é investir na cadeia de suprimentos agrícolas nos Estados Unidos.
Segundo o Usda, os Estados Unidos são muito dependentes da importação de fertilizantes, sendo os segundos ou terceiros maiores importadores mundiais nos três principais componentes de fertilizantes. China, Rússia, Canadá, Marrocos e Belarus são os principais produtores mundiais.
Para receber os subsídios anunciados, o produtor de fertilizante necessita ser independente e não estar ligado aos atuais grandes fornecedores. O Usda quer aumentar a concorrência de mercado.
Além disso, o fertilizante tem de ser produzido nos Estados Unidos e por empresas norte-americanas, visando uma redução da dependência externa.
O Usda quer também que o projeto seja inovador e que prepare o país para a nova geração de fertilizantes. Deve ser sustentável, reduzindo o impacto de gases de efeito estufa nos transportes e na produção, buscando fontes de energia renovável.
Os projetos de produção devem focar o fazendeiro, fornecendo suporte e oportunidades para produtores de commodities agrícolas nos Estados Unidos.
O governo quer melhorar a concorrência no mercado agrícola, e busca informações sobre impactos da concentração em fertilizantes, sementes e outros insumos, segundo comunicado do Usda.
Para Vilsack, a concentração e práticas anticompetitivas deixam agricultores, empresas e consumidores sob o efeito de custos elevados e com menores opções de escolhas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta