SÃO PAULO - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que seguirá no governo caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) consiga a reeleição. "Eu sou incansável quando acredito no que precisa ser feito", afirmou Guedes, durante participação em evento da gestora Tag Investimentos nesta quarta-feira (17), em São Paulo.
Segundo o ministro, a aliança entre liberais e conservadores seguirá em um eventual segundo mandato de Bolsonaro. "Vamos seguindo, estamos juntos."
Guedes disse também que as previsões que apontam para uma desaceleração da atividade local consideram um modelo econômico antigo do país, e não levam em conta as reformas realizadas nos últimos anos, com redução do papel do Estado.
"Trocamos o eixo da economia brasileira", afirmou Guedes. Dados citados por ele na apresentação indicaram que o investimento público caiu durante o governo Bolsonaro de cerca de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) para aproximadamente 0,3%, enquanto o setor privado já se comprometeu a investir cerca de R$ 890 bilhões na economia brasileira nos próximos dez anos.
"A coisa deu certo, o país está andando, estamos no caminho da prosperidade", afirmou o ministro, acrescentando que as previsões que apontam para uma queda da atividade econômica nos próximos meses se devem, em parte, a uma militância que torce contra o governo. "Toda arca de Noé tem um picapau, que vai picando para ver se afunda o barco."
Ainda de acordo com o ministro, o adiamento nos pagamentos dos precatórios pelo governo foi mal interpretado. "Não tem nada de calote", diz. Ele afirmou que a medida foi tomada para colocar embaixo do teto de gastos apenas as despesas que são previsíveis, como a Previdência e os gastos com juros.
Guedes disse ainda que os pacotes aprovados pelo governo nos últimos meses para auxiliar as parcelas da população de menor poder aquisitivo, como a PEC das Bondades, estão "inteiramente pagos", com uma estimativa de encerrar o ano com superávit primário.
"Nunca se gastou tanto dinheiro, nunca se deu tanto dinheiro para Estados e municípios, e no final a dívida PIB subiu 1,7 ponto só", afirmou o ministro.
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