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PEC Emergencial não traz medidas de corte de gastos para compensar auxílio

PEC Emergencial não traz medidas de corte de gastos para compensar auxílio

Novo relatório foi lido no Senado nesta terça-feira (2) e será votado na quarta, mas antes deve passar por mais modificações

Publicado em 2 de março de 2021 às 20:18- Atualizado há 4 anos

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O senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial, leu seu novo parecer em sessão do Senado nesta terça (2)
O senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial, leu seu novo parecer em sessão do Senado nesta terça (2). (Marcos Oliveira/Agência Senado)

O senador Marcio Bittar (MDB-AC) leu nesta terça-feira (2) no plenário do Senado seu novo parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que libera o pagamento de um novo auxílio emergencial. A votação está marcada para esta quarta-feira (3), mas ainda deve passar por mais modificações até lá.

Bittar recuou de algumas medidas propostas inicialmente, como a desvinculação de gastos com saúde e educação. Ele manteve, por outro lado, o acionamento de gatilhos para contenção de despesas do governo federal no futuro. A proposta não traz medidas de redução de gastos para compensar o auxílio.

O Senado avalia uma iniciativa para tirar o orçamento do Bolsa Família do teto de gastos neste ano. A equipe econômica reagiu contra. Bittar não antecipou seu posicionamento sobre o tema, mas avisou que haverá alterações na quarta, mantendo o escopo principal da PEC.

Uma das alterações anunciadas é a determinação de que o plano de redução de subsídios será proposto por lei complementar, que pode vir do Congresso. A versão anterior atribuía a responsabilidade exclusivamente ao presidente da República. O senador Esperidião Amin (PP-AL) tenta viabilizar a votação de uma proposta para exigir parâmetros de eficiência aos incentivos fiscais.

Amin reforçou que o plano de redução dos subsídios, que prevê redução dos incentivos para 2% do PIB em oito anos, poderá vir do Congresso futuramente. "Até porque o executivo desse assunto nunca se interessou", afirmou.

O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vai propor a votação em dois turnos amanhã, o que permite o envio imediato do texto à Câmara dos Deputados, última etapa de tramitação antes da promulgação. A decisão cabe ao plenário. O governo espera a aprovação para lançar uma nova rodada do auxílio ainda em março.

Para Bittar, apesar da desidratação, a PEC ainda aponta para o rigor fiscal, além de proporcionar um socorro emergencial diante do avanço da pandemia de covid-19. "A pauta do ministro Paulo Guedes (da Economia) tem um timing, um tempo de acontecer, e geralmente não acontece na hora e com o tamanho que a gente deseja. E a fome não espera", disse o relator no plenário.

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