Em um ano marcado pelo aumento do desemprego na esteira da pandemia do novo coronavírus, 6.784.102 trabalhadores pediram o seguro-desemprego em 2020, número 1,9% maior que o registrado em 2019, segundo dados do Ministério da Economia.
No saldo final do ano, o avanço acabou sendo mais contido do que indicavam informações de meses como abril e maio, no auge dos impactos econômicos do isolamento social recomendado por autoridades sanitárias por causa da Covid-19.
Técnicos do governo creditam o resultado ao programa que permitiu a redução de jornada e salário ou suspensão de contratos de trabalhadores, o que ajudou a manter os empregos e atingiu quase 10 milhões de profissionais.
Entre abril e junho, os pedidos de seguro-desemprego chegaram a subir quase 30% em relação ao mesmo mês de 2019. No primeiro semestre, foram 3,95 milhões de solicitações, 14,8% a mais que igual período de 2019. Os dados servem de termômetro para o mercado de trabalho formal, uma vez que o benefício é pago ao trabalhador com carteira assinada que é demitido sem justa causa.
Nos últimos meses, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que retrata o mercado formal, registrou gerações recordes de vagas. O resultado de dezembro - mês que costuma ser negativo no Caged - será divulgado no fim de janeiro.
O número de solicitações do seguro-desemprego também desacelerou no último mês de 2020, com 425,7 mil pedidos, queda de 2% em relação a dezembro de 2019.
Como o trabalhador tem até 120 após a demissão para pedir o benefício, é possível que o número de solicitações nos próximos três meses reflita dispensas do fim do ano.
O Estado de São Paulo concentra 2 milhões dos pedidos de seguro-desemprego registrados em 2020, seguido de Minas Gerais (761,5 mil) e Rio de Janeiro (525,4 mil).
Por faixa etária, o maior número de solicitações (2,25 milhões) partiu de trabalhadores com 30 a 39 anos. Em seguida vem a faixa dos profissionais entre 40 e 49 anos, com 1,39 milhão de pedidos. Quase dois terços dos trabalhadores que pediram seguro-desemprego (4,05 milhões) eram homens, segundo os dados do Ministério da Economia.
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