A Petrobras vai elevar novamente os preços da gasolina e do diesel nesta quinta (2). Será o sétimo aumento seguido no preço da gasolina, que subirá, em média, 3%. O reajuste no diesel, de 6%, é o quarto consecutivo. Com a sequência de altas, a gasolina voltou a ter preço médio nos postos acima de R$ 4 por litro na semana passada.
Desde o começo de maio, quando foi iniciado o ciclo de aumentos, o preço da gasolina nas refinarias da estatal acumula alta de 53%. A partir desta quinta, o produto será vendido pela empresa, em média, a R$ 1,57 por litro. O preço do diesel acumula alta de 32% desde o início de maio.
Os reajustes acompanham a recuperação do preço internacional do petróleo após o relaxamento das medidas de isolamento social na Europa e nos Estados Unidos. Em junho, a cotação do Brent, negociado em Londres, subiu 7,4%, fechando o mês em US$ 41,15 (R$ 221).
Para importadores de combustíveis, a sequência de reajustes da Petrobras ainda não é suficiente para acompanhar a recuperação das cotações internacionais, mantendo os preços no mercado interno com defasagem e impedindo a importação de produtos por empresas privadas.
A política de preços da Petrobras prevê o acompanhamento das cotações internacionais, considerando ainda a taxa de câmbio, os custos de importação e margem de lucro.
O repasse dos aumentos às bombas depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. O valor cobrado pela Petrobras representa 27% do preço final da gasolina e 44% do preço final do diesel -o restante são biocombustíveis, impostos e margens de lucro e custos das outras etapas da cadeia.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a sequência de aumentos já pesa no bolso do consumidor. Na semana passada, o litro da gasolina era vendido a R$ 4,022, em média, no Brasil, alta de 0,9% em relação à semana anterior. Em quatro semanas, a alta acumulada é de 3,2%.
É a primeira vez desde a terceira semana de abril que o produto registra preço médio acima de R$ 4 por litro. Já o preço do diesel estava, em média, em R$ 3,077 por litro, também 0,9% a mais do que na semana anterior. Em um mês, o combustível acumula reajuste de 1%.
O diesel sofre pressão também do alto preço do biodiesel, que representa 12% da mistura vendida nos postos: no último leilão da ANP, para entrega em julho e agosto, o litro do produto saiu a R$ 3,51, R$ 0,50 a mais do que o verificado nos dois primeiros bimestres.
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