RIO DE JANEIRO – A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (19) que reduzirá em 7,1% o preço do gás natural vendido a distribuidoras de gás canalizado. O novo preço passa a vigorar no dia 1º de agosto e o repasse ao consumidor depende das legislações estaduais.
Segundo a estatal, o corte reflete variações nas cotações internacionais do petróleo e no custo de transporte do combustível no trimestre entre maio e junho. O gás natural tem seu preço reajustado trimestralmente.
Em alguns Estados, como o Rio de Janeiro, o repasse das variações ao consumidor final é imediato. Em outros, como São Paulo, é feito na data de reajuste anual das concessões para distribuição de gás canalizado.
Com a queda das cotações internacionais, o preço do gás natural vendido pela Petrobras acumula queda de 25% no ano.
Em maio, a empresa anunciou a criação de novos contratos de venda do produto, prometendo gás mais competitivo ao mercado brasileiro. Os primeiros contratos assinados, porém, frustraram a indústria, que esperava corte maior.
Os dois primeiros contratos fechados pela estatal têm uma referência de preços cerca de 10% menor do que os contratos vigentes atualmente, segundo cálculos da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres).
A queda reflete a nova fórmula de cálculo do preço, que agora equivale a 11,9% da cotação do petróleo Brent nos contratos mais longos, contra 12,9% a 13,9% no modelo anterior. Os novos termos foram fechados com as distribuidoras Comgás, de São Paulo, e SC Gás, de Santa Catarina.
A indústria, porém, esperava uma referência mais próxima de 11% do Brent, abaixo da praticada antes da pandemia. Em 2022, a Petrobras havia subido em 50% o preço de referência do produto, em um processo que levou estados e distribuidoras à Justiça.
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