A Petrobras informou nesta sexta-feira, 8, que vai reduzir em 15% os gastos corporativos (custos e despesas, excluindo-se matéria-prima) e em 10% os custos de forma geral, como forma de enfrentar as adversidades do setor de petróleo trazida pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A medida faz parte de cinco pontos estratégicos divulgados pela companhia para enfrentar a crise, que inclui ainda o foco no aumento de retornos da base de ativos, priorizando o pré-sal; redução do endividamento, do custo de capital e aumento da resiliência; gestão do portfólio viabilizando grandes investimentos; e manutenção de estratégia de longo prazo para geração de valor.
"Reduzir nossas despesas corporativas já era uma meta que estávamos perseguindo. O programa de desligamento voluntário, os cortes de despesas, como publicidade e patrocínio, e a otimização do uso de prédios administrativos são algumas iniciativas em andamento que já contribuíram para a redução de custos em 2019", disse a empresa em nota nesta sexta-feira.
Em comparação com outras petroleiras, a Petrobras informou que tem o maior endividamento e também o maior gasto com vendas, despesa gerais e administrativas (SG&A, na sigla em inglês).
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Segundo a estatal, na relação SG&A sobre a receita somada dos segmentos, tem o maior índice, de 4,8%, segundo dados de 2019, enquanto a segunda colocada, BP, registra 3,6%. A melhor performance nesse indicador é da Equinor, segundo a Petrobras, com 0,9%.
"Ajustamos nossa produção hibernando algumas plataformas que não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processos de venda, postergamos pagamento de dividendos e de remuneração variável referente à 2019, estamos renegociando grandes contratos com fornecedores e ajustando a remuneração por funções gratificadas de nossos gestores", informou a companhia sobre a busca por uma melhor performance.
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