Os empregados da Petrobras ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) marcaram greve para a próxima segunda-feira, 25. A paralisação, aprovada em 12 das 13 assembleias realizadas nos últimos dias, envolverá importantes unidades produtivas da empresa, entre elas a Bacia de Campos e as maiores refinarias do País, como Replan, em Paulínia (SP), e Reduc, em Duque de Caxias (RJ). O abastecimento, no entanto, está garantido, como prevê a legislação.
A FUP acusa a empresa de descumprir o acordo coletivo firmado neste mês após um extenso período de negociação direta e mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A estatal, segundo a entidade, não está cumprindo cláusulas relativas à segurança dos trabalhadores e do meio ambiente e também relativas a garantias conquistadas pelos funcionários que ingressaram por meio de concurso público.
Sobre a segurança da saúde dos trabalhadores e do meio ambiente, existem duas acusações - a de que a empresa vinculou a premiação de empregados, revertida em ganhos salariaIs, a metas de segurança, o que estimula a subnotificação de acidentes; e a de que o número de tripulantes nas plataformas foi reduzido nos últimos anos a ponto de colocar em risco os que permaneceram trabalhando nas embarcações.
"A gente não quer que aconteçam acidentes como o do óleo que atingiu praias do Nordeste e que hoje compromete a vida da população local", afirmou o diretor de Assuntos Institucionais da FUP, Deyvid Bacelar.
No que diz respeito às garantias dos concursados, a acusação é que a empresa está decidindo demissões e transferências das equipes das unidades inseridas no programa de privatização sem conversar com o sindicato, como prevê o acordo coletivo, segundo a FUP.
Procurada, a Petrobras ainda não respondeu.
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