Em greve desde o dia primeiro deste mês, os petroleiros avaliam um posicionamento em resposta à decisão monocrática do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra, que considerou a paralisação abusiva e ilegal. Em sua página na internet, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que vai deliberar coletivamente em assembleias com os sindicatos filiados os rumos do movimento e que vai recorrer da decisão.
Enquanto isso, a indicação é de que os funcionários da Petrobras continuem de braços cruzados.
"O tempo para a gente discutir saídas para essa greve não pode ser discutido numa mensagem de rede social. Vamos conversar com os nossos sindicatos e com a nossa base para definir o melhor caminho que a federação e os seus sindicatos irão tomar", afirmou o diretor da FUP Tadeu Porto, um dos integrantes da comissão montada para negociar com a direção da empresa.
Ele e mais quatro sindicalistas estão na sede da estatal, no centro do Rio, desde o dia 31.
Gandra argumentou em sua decisão que os petroleiros não estão cumprindo determinação anterior para que 90% dos funcionários sejam mantidos trabalhando e assim garantam a continuidade da operação e o abastecimento de combustíveis à população.
Segundo a FUP, 21 mil aderiram à greve.
O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro) Fabio Velten, garantiu que a greve acontecendo no Estado. Estão paralisadas as plataformas P-57 e P-58, além dos Terminais Aquaviários de Vitória (Tvit) e de Barra do Riacho (TABR). Estima-se que cerca de 400 trabalhadores estejam fora de seus postos no Espírito Santo.
"Ainda não recebemos notificação de que a greve seja ilegal. Estamos acompanhando juridicamente essa questão, mas entendemos que essa decisão fere o direito constitucional de greve. A Petrobras não respeitou o acordo trabalhista assinado diante do TST, por isso entramos em greve", disse Velten.
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