O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o índice de operações rejeitadas no Pix nesta segunda-feira (16), estreia do sistema de pagamentos instantâneos, foi de 7%.
Ele considerou o percentual baixo e ressaltou que outros tipos de transferência, como TED e DOC, ficam em torno de 5%.
"Tivemos um primeiro dia espetacular com índice de rejeição menor do que no período de testes e nenhuma foi por instabilidade na central de liquidações do BC. A maior parte foi por comparação de dados, mas os bancos já estão trabalhando nisso", disse em evento virtual da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) na manhã desta terça-feira (17).
Ao realizar a operação, os bancos enviam os dados do cliente para conferência na autoridade monetária. Quando as informações divergem, por erro de digitação ou falta de padronização, a transação é rejeitada.
Se a operação não é concluída, o dinheiro não sai da conta do pagador.
Apenas nesta segunda, até 18h, foram realizadas 1 milhão de operações, o equivalente a R$ 777 milhões, segundo o BC.
Campos Neto ressaltou que o novo sistema deve viabilizar novos modelos de negócios. "Muitos olham pelo lado negativo, de que os bancos vão perder receita. Vão perder por um lado, mas ganhar por outro, é importante que a torta cresça como um todo. Nos preocupamos com inclusão e bancarização", destacou.
O titular da autoridade monetária comparou o modelo brasileiro com o de outros países. "Estudamos como eles fazem e percebemos que a central de liquidação precisaria ser centralizada. Na China, existem dois modelos que não são interoperáveis", lembrou.
O Pix permite fazer pagamentos e mandar dinheiro para outra pessoa ou empresa de maneira instantânea (em menos de 10 segundos) e independentemente de qual seja a instituição de recebimento.
As transações poderão ser feitas 24 horas por dia, nos sete dias da semana, incluindo feriados, e acontecerão de maneira gratuita para pessoas físicas e microempreendedores individuais.
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