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PMs e bombeiros na reforma da Previdência das Forças Armadas

PMs e bombeiros na reforma da Previdência das Forças Armadas

Aumento da alíquota, da idade mínima e do tempo de contribuição estão entre as mudanças da proposta

Publicado em 4 de outubro de 2019 às 11:26

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Policiais militares no local escolhido para ser a base da PM, que fica na entrada principal do Morro da Piedade. (Fernando Madeira - 01/04/2010)

O relator do projeto de lei que altera as regras para a aposentadoria das Forças Armadas, o deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), propôs, na última quarta-feira (2), que as regras fossem estendidas para policiais militares (PMs) e bombeiros militares. Entre as propostas da reforma da Previdência da categoria estão os aumentos da alíquota previdenciária, da idade mínima e do tempo de contribuição.

Os gastos com aposentadoria de PMs e bombeiros juntos correspondem a um terço do déficit previdenciário dos Estados, que chegou a R$ 101 bilhões no ano passado. Inicialmente, quando o projeto sobre as Forças Armadas ainda tinha alcance sobre Estados, o governo estimou uma economia potencial de R$ 52 bilhões em uma década para os governadores.

A proposta dos militares chegou às mãos dos deputados em março, um mês após o governo federal apresentar a reforma da Previdência, que atinge INSS e servidores federais civis.

A expectativa do governo federal é economizar, em dez anos, R$ 97,3 bilhões com a reforma na aposentadoria dos militares. Na mesma proposta está a reestruturação do setor (com reajuste salarial), com aumento de R$ 86,65 bilhões nos gastos públicos. Segundo estimativas do Ministério da Economia, a economia líquida com a reforma deve ser de R$ 10,45 bilhões em dez anos.

Caso a mudança de Carvalho for aceita, policiais e bombeiros militares terão a mesma regra para ter os direitos concedidos às Forças Armadas: paridade (ter os mesmos reajustes da ativa) e integralidade (se aposentar com o último salário).

Com a inclusão, os PMs e bombeiros podem ter um alívio na contribuição que pagam à Previdência. Em vez dos 11% a 14% que os Estados cobram, passariam a contribuir com 10,5%. Já o tempo de serviço necessário para se aposentar passará de 30 anos para 35 anos.

O texto tramita em caráter conclusivo e não precisaria passar pelo plenário da Câmara, apenas na comissão especial, mas um requerimento assinado por 51 deputados pode reverter essa facilidade e levar o texto ao plenário.

Veja o ponto a ponto da proposta de reforma da Previdência para Forças Armadas

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