Está mais barato voar no Espírito Santo. O preço das passagens áreas em voos com origem ou destino no Aeroporto de Vitória registrou a maior queda no país nos primeiros três meses de 2019, com redução de 11,8% na tarifa média com correção pela inflação, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (10) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O bilhete aéreo no Estado passou a ter o menor custo do Brasil. Em média, os capixabas pagaram R$ 302,33 para voar no início deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado era preciso desembolsar R$ 342,93. O custo médio nacional atualmente é R$ 371,76. Os valores não incluem o custo da tarifa de embarque do aeroporto nem quantias pagas por serviços opcionais.
> Bolsonaro veta despacho gratuito de bagagens em voos
Outro indicador, o yield, que considera o preço pago pelo passageiro por cada quilômetro voado, também teve o Estado como destaque. O preço de uma passagem por quilômetro por aqui foi de R$ 0,34 no primeiro trimestre, uma queda de 18,6% em relação ao mesmo período de 2018, quando o custo por quilômetro era de R$ 0,42.
A distância média percorrida pelos passageiros capixabas em voos, que é de 880 quilômetros, segunda menor do Brasil em função da proximidade do Espírito Santo dos principais centros nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro.
> Queda nas passagens de avião ajuda a segurar inflação no ES
Entenda os indicadores
TARIFA MÉDIA REAL
A tarifa média real (atualizada pela inflação) diz respeito ao custo médio das passagens aéreas domésticas com destino ou origem a partir de um Estado. No caso do Espírito Santo, que só opera esses voos a partir do Aeroporto de Vitória, a média paga no primeiro trimestre de 2019 foi de R$ 302,33, ante a média de R$ 342,93 no mesmo período de 2018. A média nacional foi de R$ 371,76.
YIELD MÉDIO
É o preço pago pelo passageiro por cada quilômetro voado. No Espírito Santo, o custo médio por km foi de R$ 0,34 no primeiro trimestre, uma queda de 18,6% em comparação com o ano anterior.
DISTÂNCIA MÉDIA
É quanto os passageiros percorrem de distância média em voos. No caso do Estado, a média é de 880 km a cada voo doméstico, segunda menor distância do país, perdendo apenas por Minas Gerais (801 km).
> Tarifa aérea caiu 1,3% e menor valor é registrado no Espírito Santo
AUMENTA OFERTA DE PASSAGENS A MENOS DE R$ 100
De acordo com a Anac, aumentou a oferta de passagens a preços populares no Espírito Santo, o que ajudou a tarifa média cair. Entre janeiro a março de 2019, 5,8% dos bilhetes aéreos que foram comercializados com saída ou chegada no Aeroporto de Vitória custaram até R$ 100.
Esse percentual no Estado era de 3% no início do ano passado, o que aponta para uma tendência de crescimento na disponibilidade de bilhetes a preços mais acessíveis. Ainda assim, o Estado ainda fica abaixo da média nacional, que é de 9,7% das passagens com preço até R$ 100.
> Tarifa de embarque do Aeroporto de Vitória sobe pela 3ª vez em um ano
Já a maioria das passagens (66,9% das passagens) no Espírito Santo custaram até R$ 300, ou seja, menos que a tarifa média praticada no Espírito Santo. As passagens acima de R$ 1.500 representaram 3% do total.
Entre as companhias, no primeiro trimestre de 2019 houve aumento dos preços médios das passagens da Avianca (+9,2%) e da Latam (+3,8%) na comparação com igual período de 2018. Já as empresas Gol e Azul registraram queda nos preços, de 3,9% e 1,8% respectivamente, em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Movimentação de passageiros cresce
Com os preços das passagens em baixa em 2019, mais pessoas estão voando pelo Eurico de Aguiar Salles. Entre janeiro e abril desse ano, o aeroporto registrou uma movimentação de 1,08 milhão de passageiros, número que é 14,37% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
> Aprovado o fim da cobrança por despacho de bagagem em voos
Esse aumento no fluxo de passageiros vem acontecendo desde o ano passado, quando o Aeroporto de Vitória registrou a melhor movimentação desde 2015, auge da crise do setor aéreo.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, trata-se de "uma reação natural diante da movimentação de recuperação da economia. Além disso, tivemos nesse mesmo tempo o surgimento de milhões de passagens com preços mais acessíveis com a desregulamentação da bagagem, o que também ajudou, diz.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta