SÃO PAULO - Em comunicado distribuído a funcionários, o presidente da ITA (Itapemirim Transportes Aéreos), Adalberto Bogsan, afirmou que a empresa foi vendida para a Baufaker Consulting.
A companhia aérea, pertencente ao Grupo Itapemirim, parou de voar no final de 2021 após seis meses de operação. O valor da negociação não foi revelado.
"Após concretizar o negócio, o novo acionista concentra esforços na capitalização da empresa, na reorganização e manutenção do grupo de colaboradores e executivos", afirma o texto assinado por Bogsan.
A reportagem procurou Bogsan, mas não teve retorno.
O acordo inclui a aquisição e manutenção do leasing de cinco aeronaves A320CEO, retomada de reuniões com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e negociações com credores para o pagamento de dívidas, como salários, arrendamentos, taxas aeroportuárias, reembolso de passageiros e outros.
Em dezembro do ano passado, às vésperas do Natal, consumidores foram surpreendidos pela suspensão dos voos da ITA, que alegou a necessidade de fazer "ajustes operacionais". Desde então, a empresa está sem operar. Estimativa do Procon-SP informa que a suspensão causou prejuízos a cerca de 130 mil passageiros.
No início de janeiro, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) proibiu a ITA de voltar a vender passagens aéreas até que a empresa demonstre que cumpriu todas as ações corretivas para quem foi afetado pela suspensão de suas atividades, como reacomodação e reembolso integral do bilhete aéreo.
A Itapemirim Transportes Aéreos teve seu voo inaugural em junho de 2021, de Guarulhos a Brasília, com o plano de atender 35 destinos em sua malha até junho de 2022. O lançamento ocorreu num momento em que as companhias aéreas globais perdiam clientes com as restrições da pandemia de coronavírus.
O grupo Itapemirim está em recuperação judicial desde 2016 e com dívidas tributárias de quase R$ 2 bilhões.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta