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Pressão de inflação de alimentos é generalizada, diz presidente do BC

Pressão de inflação de alimentos é generalizada, diz presidente do BC

Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (12), que a inflação de alimentos e serviços está mais baixa na maioria das economias emergentes.

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 17:32- Atualizado há 4 anos

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Itens da cesta básica no supermercado
Itens da cesta básica no supermercado. (Fernando Madeira)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (12), que a inflação de alimentos e serviços está mais baixa na maioria das economias emergentes. Ao mesmo tempo, ele pontuou que a pressão da inflação de alimentos é generalizada.

Em apresentação durante evento virtual, Campos Neto expôs dois gráficos com dados de países emergentes: um com a inflação de serviços e outro com a inflação de alimentos. Nelas, é possível verificar as trajetórias dos índices nos últimos meses, em meio à pandemia do novo coronavírus.

Campos Neto avaliou ainda que as condições financeiras estão mais estimulativas nos EUA e, ao avaliar o mercado de ações, citou o otimismo que surgiu após a Pfizer anunciar seus resultados dos testes com a vacina contra a Covid-19.

ATIVIDADE

O presidente do Banco citou uma "recuperação parcial" da atividade econômica no Brasil. No evento online, Campos Neto também repetiu uma série de mensagens de política monetária que constam nas comunicações mais recentes da instituição. Entre elas, a de que "desde a adoção do forward guidance, observou-se uma reversão da tendência de queda das expectativas de inflação em relação às metas para o horizonte relevante".

"Além disso, ao longo dos próximos meses, o ano-calendário de 2021 perderá relevância em detrimento ao de 2022, que está com projeções e expectativas de inflação em torno da meta. A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros, pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade", disse Campos Neto.

Conforme o presidente do BC, "no cenário de retirada do forward guidance, a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos."

ESTADOS UNIDOS 

O presidente do Banco Central destacou ainda que os Estados Unidos registraram forte crescimento no terceiro trimestre de 2020, mas que o emprego ainda está abaixo dos níveis pré-crise.

Campos Neto também afirmou que a recuperação econômica pós-pandemia na Europa é "assimétrica entre países e setores". Em relação à China, ele afirmou que, apesar da recuperação econômica, o consumo, a produção e o investimento privado seguem abaixo dos níveis pré-crise.

O presidente do BC também citou, em sua apresentação, a segunda onda de contaminação pela convid-19 na Europa e nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, pontuou que nos últimos cinco dias (até 11 de janeiro) o mundo administrou 10 milhões de doses de vacinas contra convid-19.

Campos Neto proferiu nesta terça, por videoconferência, palestra na "25ª Conferência Latino-Americana do Santander", promovida pelo banco Santander e publicada no site do BC.

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