Estudo do Dieese feito a pedido do Sindipetro Norte Fluminense, entidade ligada à Federação Única dos Petroleiros (FUP), revelou que de acordo com dados de julho de 2020, a parte do litoral fluminense da bacia de Campos, que já foi a estrela em termos de produção da Petrobras, teve uma queda de 45% nos volumes de petróleo nos últimos 10 anos, e hoje opera com 21 unidades. Juntas, as plataformas produzem uma média diária de 659,4 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Em 2010, estas mesmas plataformas produziam 1,2 milhão de boe/d, informou a FUP em nota.
Ainda segundo a FUP, a Petrobras, que já teve o predomínio absoluto das plataformas da região, hoje é minoria em operação. De 2010 a maio de 2020, a companhia deixou de utilizar 38 plataformas que operavam na bacia de Campos.
"Estas foram paralisadas, vendidas ou hibernadas pela empresa - e atualmente nada produzem, embora já tenham produzido cerca de 440 mil boe/dia em 2010", segundo a federação, destacando que há 10 anos a bacia de Campos representava 79% da produção nacional e hoje essa fatia é de 33%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a política de redução da Petrobras na região já cortou 56 mil postos de trabalho em todos os setores da economia das cidades de Campos e Macaé, destacou a FUP no estudo.
"Na bacia de Campos, somente a Petrobras cortou 25% dos empregos entre 2014 e junho de 2020. A empresa fechou 4.282 postos de trabalho, a maioria através de Plano de Demissão Voluntária. Para cada quatro postos de trabalho da companhia na bacia de Campos, um foi fechado", afirmou a FUP.
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