A produção industrial brasileira recuou 0,3% em julho, na comparação com o mês anterior, infirmou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda chegou a 2,5%. Economistas ouvidos pela agência Bloomberg previam alta de 0,5% na relação junho e julho de 2019 e queda de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Na divulgação também foi atualizado o dado de junho, revisado para pior, em contração de 0,7% sobre maio, ante queda estimada anteriormente de 0,6%.
Entre os 26 segmentos pesquisados pelo instituto, 11 deles tiveram quedas na relação junho e julho, com destaque para produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4%) e produtos alimentícios (-1%).
Na outra ponta, o ramo cuja alta chamou atenção foi o da indústria extrativa (6%), que teve o terceiro avanço consecutivo e acumula expansão de 18,5% nesse período. No começo do ano, no entanto, essa mesma área acumulou quedas sequenciais após a tragédia em Brumadinho (MG).
Outro impacto positivo veio do setor de máquinas e equipamentos (6%), produtos farmacêuticos (6,5%) e de veículos automotores (1,5%).
Na medida acumulada em 12 meses, o percentual fechou mais uma vez em queda, de 1,3%, dando sequência ao movimento decrescente.
Em agosto do ano passado, o crescimento da indústria nesse recorte começou a recuar e, desde então, o setor vem perdendo fôlego. Em fevereiro deste ano ficou estável e em março apresentou a primeira retração, de 0,2%. Em maio houve um respiro, mas nos meses seguintes o acumulado voltou a recuar.
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