Os economistas do mercado financeiro elevaram pela 15ª semana consecutiva a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (23), pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 3,25% para 3,45%. Há um mês, estava em 2,99%. Já projeção para o índice em 2021 foi de 3,22% para 3,40%. Quatro semanas atrás, estava em 3,10%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.
Ainda assim, a projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de outubro foi de 0,86%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 3,92%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 3,14% para 3,39%.
Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,36% para 3,31%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 2,91% e 3,27%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, igual a um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,38%, também igual a quatro semanas antes.
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus do Banco Central, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,66% para queda de 4,55%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 4,81%.
Para 2021, o mercado financeiro elevou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,31% para 3,40%. Quatro semanas atrás, estava em 3,42%.
No Focus desta segunda-feira (23), a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 5,34% para retração de 5,04%. Há um mês, estava em baixa de 5,90%.
No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 3,72% para 4,53%, ante 4,00% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 permaneceu em 67,00%. Há um mês, estava em 67,74%. Para 2021, a expectativa foi de 69,60% para 69,10%, ante 70,00% de um mês atrás.
Faltando apenas uma reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central neste ano, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.
Com o contínuo aumento da estimativa de inflação para o próximo ano, a projeção para a Selic no fim de 2021 passou de 2,75% para 3,00% ao ano, ante 2,75% de quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, igual um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, como já estava quatro semanas atrás.
Em outubro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Copom disse que "a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno".
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo no Focus, a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 2,00% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2021, passou de 2,25% para 2,50% ao ano, ante 2,00% de quatro semanas atrás.
A projeção para o fim de 2022 no Top 5 permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. No caso de 2023, seguiu em 4,75%, igual a quatro semanas antes.
O Relatório de Mercado Focus mostrou, ainda, a alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 5,41 para R$ 5,38, ante R$ 5,40 de um mês atrás.
Para 2021, a projeção para o câmbio seguiu em R$ 5,20, mesmo patamar de quatro pesquisas atrás.
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